sexta-feira, 5 de abril de 2013

Cemig vê a Justiça como caminho para evitar pressão sobre o caixa

O diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, disse nesta quinta-feira, 4 de abril, que a empresa está com as associações na questão da cobrança de encargos adicionais para as empresas do setor elétrico no sentido de evitar o repasse para a conta do consumidor. Segundo ele, o resultado dessa intenção do governo será mais uma pendência judicial para a companhia nos próximos meses.

O executivo reafirmou que a perspectiva de colocar o Encargo de Serviços do Sistema por segurança energética no cálculo do PLD pressionará o caixa das distribuidoras por manter o seu patamar mais alto no decorrer do ano e, consequentemente, ter mais depacho térmico dentro da ordem do mérito. Segundo ele, a decisão terá de ser rápida, uma vez que a medida passa a valer este mês.

Outra possível judicialização envolvendo a Cemig refere-se à renovação das suas 21 usinas hidrelétricas enquadradas pela MP 579 e que deverão ser devolvidas ao governo ao término da concessão. Segundo Rolla, as 18 usinas que serão devolvidas ainda possuem um residual de R$ 600 milhões e que o governo não considerou para fins de indenização à empresa. Essa questão deverá parar nos tribunais, já que a perspectiva é de receber, "um sonoro não", conforme classificou sobre a resposta ao recurso administrativo.

Além desses casos a empresa promete brigar para manter as outras três usinas (São Simão, Jaguara e Miranda) por mais um período de 20 anos. "Estamos convictos de que nossos argumentos são fortes e conseguiremos manter esses ativos sob nossa concessão nos termos atuais, se não aprovarem nosso recurso, será pela via judicial", afirmou o executivo.

Cemig pleiteia a base de remuneração original na revisão tarifária
O diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Companhia Energética de Minas Gerais, Luiz Fernando Rolla, disse nesta quinta-feira, 4 de abril, em São Paulo, que a empresa busca convencer a Agência Nacional de Energia Elétrica a repor a integralidade dos valores reduzidos em sua base de remuneração para o 3o. Ciclo de Revisão Tarifária. A decisão da Aneel será divulgada nesta sexta-feira, 5, e a expectativa da empresa é de que os valores aprovados pela agência estejam próximos aos que a companhia apontou em seu guidance divulgado em maio do ano passado.

De acordo com Rolla, o entendimento da Cemig é de que a Aneel teve um problema na metodologia que levou à redução da base de remuneração em R$ 1,6 bilhão. Além disso, a empresa esperar ser reconsiderada a decisão que definiu considerar a remuneração bruta da companhia de R$ 19,406 bilhões para R$ 14,920 bilhões. "Queremos os 100% dos valores apresentados e pretendemos discutir esses valores até mesmo depois de a decisão ser divulgada amanhã", afirmou Rolla após a apresentação dos resultados da companhia em reunião da Apimec-SP. (Canal Energia)

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