O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou entre janeiro e julho R$ 64,9 bilhões. Desse montante, mais de 10% foram destinados a projetos de energia elétrica, num total de R$ 7,07 bilhões. Além disso, o banco já aprovou outros R$ 8,3 bilhões para o setor. Os grandes projetos em curso com o apoio do banco são principalmente as usinas do rio Madeira - Santo Antônio e Jirau -, além da termonuclear de Angra 3.
A hidrelétrica de Santo Antônio (3.450 MW) - primeira dos grandes projetos em curso a ser contratada - prevê investimentos de R$ 13,1 bilhões. Desse total, o banco entra com R$ 6,1 bilhões. Os desembolsos vão ocorrendo ao longo do tempo, à medida que cada etapa da obra vai sendo cumprida.
A Santo Antônio Energia - parceria entre a Odebrecht, Andrade Gutierrez, FIP e Eletrobrás Furnas - prevê colocar a primeira unidade geradora da hidrelétrica em operação comercial ainda este ano. Em julho, a empresa iniciou o desvio do rio, operação que marca o início do enchimento gradual do reservatório da usina. Quando finalizada, Santo Antônio terá 44 turbinas e energia assegurada - quantidade de energia efetivamente gerada ao longo do ano - de 2.140 MW médios. A capacidade da usina foi ampliada em relação à previsão original de 3.150 MW.
Já a hidrelétrica de Jirau deve entrar em operação somente em setembro de 2012, segundo a Energia Sustentável do Brasil. A previsão inicial era de entrada em operação em março. O empreendimento sofreu atraso devido à paralisação das obras provocada por greves e tumultos entre os funcionários em março deste ano.
A Energia Sustentável do Brasil ampliou o projeto em relação ao originalmente previsto (3.300 MW). A empresa acrescentará seis turbinas, totalizando 3.750 MW em 50 unidades geradoras. A energia assegurada do empreendimento será de 2.184 MW médios, dos quais 73% já contratados.
No mês passado, o consórcio negociou 209 MW médios dessa ampliação com consumidores livres e ainda espera vender mais 90 MW médios. O nome das empresas compradoras é mantido em sigilo, por questões contratuais de confidencialidade. O investimento previsto é R$ 10,5 bilhões, dos quais o BNDES entra com R$ 7,2 bilhões. (Valor Econômico)
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