quarta-feira, 24 de abril de 2013

ONS poderá acionar mais as usinas térmicas

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou ontem o Operador Nacional do Sistema (ONS) a usar um critério mais conservador para a definição da curva de aversão a risco a ser utilizado no Programa Mensal da Operação (PMO) do mês de maio. A nova curva de segurança de armazenamento de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas, mecanismo que considera o regime de chuvas, deixou de ser bianual e passou a ser quinquenal, por determinação do governo. 

A medida faz com que o ONS assuma estratégia de operação do sistema elétrico mais conservadora. A decisão tem por base a Resolução 3/2013, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). 

Os novos critérios de segurança de suprimento energético vão influenciar a formação de preço da energia, que estará mais sensível à variação do grau de uso das termelétricas. A postura mais conservadora tende a provocar o acionamento mais frequente das usinas, com o objetivo de poupar a água os reservatórios. A resolução do CNPE também havia determinado que parte desse custo será repassado para as geradoras de energia. 

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, informou que o governo avalia o momento ideal para realizar o leilão de compra de energia destinada a atender às distribuidoras. A licitação, que está chamada de "Leilão A-0", por prever início de suprimento imediato, corre o risco de não contar com geradora para a oferta de energia, porque as empresas estão interessadas no alto preço da energia negociada no mercado de curto prazo (spot). 

Rufino disse que o Ministério de Minas e Energia está "analisando o cenário" para definir nova data para a licitação. Segundo ele, o leilão ocorreria em maio, com início de suprimento em junho, porém não há mais tempo para aprovar o edital e realizar a contratação no prazo previsto. (Valor Econômico)

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