sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cemig ainda questiona a revisão da Aneel

A distribuidora de energia mineira da Cemig ainda questiona os resultados do terceiro ciclo de revisão tarifária aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no início do mês, e espera que seus questionamentos possam ser considerados pela agência, ainda que com efeitos apenas no próximo reajuste. A Aneel aprovou um aumento médio de 2,99% a ser sentido na tarifa de energia pelos consumidores da Cemig Distribuição a partir de 8 de abril. 

A revisão considerou uma base de remuneração líquida de R$ 5,5 bilhões para a companhia, ante um valor inicialmente estimado de R$ 6,7 bilhões. “A gente tem a expectativa de que o número de R$ 5,5 bilhões será aumentado”, disse o superintendente de Controladoria da empresa Leonardo de Magalhães ontem. A superintendente de Regulação Econômica, Maura Gallupo, acrescentou que a Cemig questionará as perdas regulatórias de energia definidas pela Aneel, que considera metas que a empresa tem que alcançar. 

Ela afirmou que os valores definidos pela Aneel irão exigir um esforço maior na redução das perdas não-técnicas, ou seja, aquelas por ligações irregulares. A Cemig informou ainda que espera repasse de pelo menos R$ 343 milhões via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para cobrir gastos com compra de energia (CVA Energia). A empresa espera que seja aprovado o repasse adicional de R$ 145 milhões. 

As distribuidoras e o mercado já esperavam uma redução do retorno sobre o capital investido após a aplicação do terceiro ciclo de revisão tarifária. Mas a Cemig sofreu uma alteração pela Aneel na base de remuneração líquida inicialmente proposta, de R$ 6,7 bilhões para R$ 5,1 bilhões, o que levou a uma queda de 14% do preço da ação da empresa no dia em que o mercado tomou conhecimento da alteração. A Cemig conseguiu na aprovação final da revisão tarifária elevar esse valor em R$ 400 milhões. (Reuters)

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