sexta-feira, 22 de julho de 2011

Repotenciação não precisaria parar hidrelétricas

Após o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmar, que não vê grandes ganhos na repotenciação de hidrelétricas existentes, a Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia (Abrage) reafirmou sua defesa dos investimentos para explorar esse potencial. O argumento colocado por Zimmermann, durante discussão na Câmara Americana (Amcham) foi de que poderia haver vantagens somente em usinas muito antigas, "da década de 50 ou anteriores".

O secretário da pasta afirmou que um dos problemas que poderia inviabilizar o processo era a necessidade de parar a operação de usinas ou máquinas para realizar os trabalhos de repotenciação. O presidente da Abrage, Flávio Neiva, porém, garante que há um potencial de 5.214MW a serem aproveitados sem a necessidade de paralisar as plantas. "Nosso estudo mostra o espaço para colocação de novas unidades geradoras em poços vazios", destacou o executivo.

Em conversa com o Jornal da Energia nesta quinta-feira (21/7), Neiva disse acreditar que Zimmermann se referia a repotenciações que envolveriam a troca de máquinas, o que "realmente é complicado". O executivo ainda afirmou que os números apontados por sua associação têm sido bem recebidos na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e no próprio ministério.

Em 14 de julho, a Aneel realizou um workshop para discutir a questão. A agência apresentou a alternativa de promover leilões para a contratação do potencial extra das usinas. A remuneração do investimento seria feita com o uso do ESS - encargo de serviço de sistema, cobrado nas contas de energia para cobrir o custo do despacho de termelétricas. O órgão acredita que a medida levaria o encargo a cair, uma vez que as máquinas das hidrelétricas terão energia muito mais barata que as térmicas. (Jornal da Energia)


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