sexta-feira, 1 de junho de 2012

Abraceel e BNDES avaliam financiamentos para o mercado livre de energia

A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel) participou neste mês de uma reunião no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em pauta, estavam os financiamentos para projetos cuja venda de energia está voltada para mercado livre. 



Segundo relato da Abraceel, o superintendente da área de infraestrutura do banco, Nelson Siffert, apresentou as dificuldades em liberar empréstimo para esses empreendimentos e disse que a instituição não pode assumir qualquer risco de mercado no setor elétrico. Assim, as usinas precisam se encaixar em modalidades de financiamento que sigam a lógica do mercado regulado. 

O BNDES hoje exige um índice de cobertura de 1,3 para os projetos, o que significa uma exigêncai de 1,3 em recebíveis para cada real de responsabilidade do tomador do empréstimo. Stiffer apresentou ainda as modalidades de contratos que vêm sendo usadas para o setor. Ainda ficou acertado, segundo a Abraceel, que "haverá uma agenda de trabalho entre o BNDES e as associações presentes na reunião visando detalher os diversos aspectos dos modelos de financiamento". 

O presidente da Abraceel, Reginaldo Medeiros, fez uma apresentação sobre o atual estágio do ambiente livre no País e apresentou o contrato-padrão criado pela entidade para ser usado nas transações fechadas entre agentes. O executivo ainda apresentou uma proposta para que recebíveis do mercado livre sejam aceitos pelo BNDES no financiamento de novas usinas.


Abeeólica apresenta evolução do mercado brasileiro em evento internacional
A Abeeólica, reúne os investidores em geração a partir do vento, apresentará a evolução do setor nos últimos anos a agentes de todo o mundo. O vice-presidente de Relações Internacionais da entidade, Lauro Fiúza Junior, participará na próxima semana do American Wind Power 2012. O executivo apresentará informações sobre a atividade eólica no Brasil e a crescente importância da fonte na da matriz. “Nosso objetivo é reforçar o papel de destaque conquistado pelo País no mercado eólico mundial e latino-americano, além do seu significativo potencial de expansão, que hoje é da ordem de 300 GW", aponta Fiúza. 

Segundo a associação, o País fechou 2011 com cerca de 1,5GW em parques eólicos e deve passar de 7GW até 2016. Os investimentos atraídos para o setor somarão, assim, cerca de US$18 bilhões. "As projeções indicam que o Brasil atingirá mais de 15 GW de capacidade instalada acumulada em 2020”, destaca o diretor da Abeeólica.  Números recentes do Comitê Latino-Americano do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) destacam a liderança do Brasil no mercado eólico latino-americano. Em 2011, o País foi responsável por 50% das instalações efetuadas na América Latina, com 582,6 GW. (Jornal da Energia)


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