O vice-presidente de relações internacionais da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Lauro Fiúza, avalia que o setor está bastante aquecido, com investidores em busca de negócios e aquisições. A própria empresa de Fiúza, a Servtec, acaba de concluir a venda de parques à CPFL por R$1 bilhão.
"(O mercado) continua muito, muito aquecido. Tem muitas empresas estrangeiras querendo vir para o Brasil. Estive em Copenhage e em Atlanta na semana passada e tenho visto interesse muito grande de empresas em conhecer o Brasil, saber do País. O Brasil está entre os quatro maiores desenvolvedores eólicos do mundo hoje, então obviamente estamos no foco" avalia o executivo.
Para o dirigente da Abeeólica, há tanto players interessados em desenvolver projetos a parir do zero no País - os empreendimentos greenfield - como em comprar parques disponíveis para avançar em um primeiro momento.
O desempenho da fonte nos últimos leilões, em que as usinas a vento praticaram tarifas muito competitivas, na casa dos R$100 por MWh, também anima a expansão do setor. Mas, para Fiúza, deve haver um aumento nos preços para os próximos certames.
"Vejo uma subida suave, por várias razões. Tem havido um impacto forte agora com a alta do dólar, porque dependemos muito de importação, também", avalia. O especialista aponta ainda que algumas companhias que chegaram com lances agressivos para entrar no mercado "já estão satisfeitas" e devem buscar aumentar as margens. (Jornal da Energia)
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