sexta-feira, 22 de julho de 2011

Pinga-Fogo Setor Elétrico: Política energética brasileira tem planejamento responsável

Levantamento mostra que Brasil dependerá cada vez mais de termelétricas
Levantamento com base nos relatórios técnicos de expansão da oferta de energia, divulgados pela Aneel, demonstra que a energia limpa gerada por UHE, PCHs e eólicas, que hoje não têm impedimento para entrar em operação, corresponde a 59,5% da demanda estimada de 13.500 MWs de 2011 a 2013. Mas essa necessidade crescente, por enquanto, não consta no Plano Decenal de Energia 2020, apresentado recentemente pela EPE. A partir de 2014 praticamente não se fala em geração de termelétricas, como observam especialistas. Uma falha que contrasta com o nível de expansão desta energia nos últimos anos e a sua importância dentro da transformação da matriz energética do país.

Política energética brasileira tem planejamento responsável
Para o coordenador-geral do GESEL/UFRJ, Nivalde de Castro, a política energética do país tem tido planejamento responsável. Para ele, o problema está na necessidade do governo em regular a oferta das térmicas diante dos exemplos de atraso de fornecimento como dos empreendimentos do grupo Bertin. Segundo João Carlos Melo, especialista e sócio da consultoria Andrade & Canellas, as termelétricas a gás já apareceram muito fortes no leilão A-3 e deverão voltar no A-5, previsto para o final do ano. Para o especialista, a falta de referência sobre termelétricas no fornecimento de 2014 evita suposições de que a matriz energética brasileira esteja se tornando "suja". Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, diz que a perspectiva de não tratar das térmicas surgiu durante a eleição de Dilma Rousseff diante das críticas em torno da expansão da termelétricas a óleo combustível, mas evitá-las é impossível.

Aneel prorroga prazo de vigência de projetos pilotos de cobrança pré-paga no Norte
A diretoria da Aneel aprovou a prorrogação dos prazos de vigência dos projetos pilotos da cobrança de energia elétrica na modalidade pré-paga em comunidades isoladas atendidas pela Eletrobras Amazonas Energia e pela Celpa (PA). De acordo com a Aneel, no caso da Celpa, a diretoria aprovou a alteração dos prazos até que a resolução normativa regulamentando a cobrança pré-paga seja publicada pela agência reguladora, que deve ocorrer até o fim do ano, de acordo com a assessoria de imprensa do órgão. Mas a companhia também terá de entregar um quarto relatório ao término da vigência do período da autorização. A Celpa também foi autorizada a empregar medidas que limitem o consumo mensal, mas dando possibilidade ao consumidor para que ele possa solicitar um aumento de carga se necessário, desde que ele não ultrapasse 80 kWh.

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