Levantamento mostra que Brasil dependerá cada vez mais de termelétricas
Levantamento com base nos relatórios técnicos de expansão da oferta de energia, divulgados pela Aneel, demonstra que a energia limpa gerada por UHE, PCHs e eólicas, que hoje não têm impedimento para entrar em operação, corresponde a 59,5% da demanda estimada de 13.500 MWs de 2011 a 2013. Mas essa necessidade crescente, por enquanto, não consta no Plano Decenal de Energia 2020, apresentado recentemente pela EPE. A partir de 2014 praticamente não se fala em geração de termelétricas, como observam especialistas. Uma falha que contrasta com o nível de expansão desta energia nos últimos anos e a sua importância dentro da transformação da matriz energética do país.
Política energética brasileira tem planejamento responsável
Para o coordenador-geral do GESEL/UFRJ, Nivalde de Castro, a política energética do país tem tido planejamento responsável. Para ele, o problema está na necessidade do governo em regular a oferta das térmicas diante dos exemplos de atraso de fornecimento como dos empreendimentos do grupo Bertin. Segundo João Carlos Melo, especialista e sócio da consultoria Andrade & Canellas, as termelétricas a gás já apareceram muito fortes no leilão A-3 e deverão voltar no A-5, previsto para o final do ano. Para o especialista, a falta de referência sobre termelétricas no fornecimento de 2014 evita suposições de que a matriz energética brasileira esteja se tornando "suja". Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, diz que a perspectiva de não tratar das térmicas surgiu durante a eleição de Dilma Rousseff diante das críticas em torno da expansão da termelétricas a óleo combustível, mas evitá-las é impossível.
Aneel prorroga prazo de vigência de projetos pilotos de cobrança pré-paga no Norte
A diretoria da Aneel aprovou a prorrogação dos prazos de vigência dos projetos pilotos da cobrança de energia elétrica na modalidade pré-paga em comunidades isoladas atendidas pela Eletrobras Amazonas Energia e pela Celpa (PA). De acordo com a Aneel, no caso da Celpa, a diretoria aprovou a alteração dos prazos até que a resolução normativa regulamentando a cobrança pré-paga seja publicada pela agência reguladora, que deve ocorrer até o fim do ano, de acordo com a assessoria de imprensa do órgão. Mas a companhia também terá de entregar um quarto relatório ao término da vigência do período da autorização. A Celpa também foi autorizada a empregar medidas que limitem o consumo mensal, mas dando possibilidade ao consumidor para que ele possa solicitar um aumento de carga se necessário, desde que ele não ultrapasse 80 kWh.
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