As 38 empresas do setor de energia elétrica de capital aberto no Brasil terminaram o primeiro trimestre de 2012 com lucro de R$ 5,69 bilhões, resultado 7,72% superior ao do mesmo período do ano passado, quando atingiram R$ 5,28 bilhões, deixando o setor na quarta posição de rentabilidade no levantamento feito pela Economática. O lucro líquido total das 333 empresas analisadas de vários setores no período foi de R$ 50,8 bilhões, registrando uma retração de 12,01% na comparação com 2011.
De acordo com o levantamento, o setor mais lucrativo foi o bancário, que com 25 instituições acumulou R$ 11,4 bilhões, contra R$ 12 bilhões do mesmo período do ano passado, sinalizando uma queda de 4,92%. O segundo setor mais lucrativo é o de Petróleo e gás, que, com seis empresas listadas, lucrou R$ 9,3 bilhões, resultado 15,63% menor que o do ano passado, que foi de R$ 11,05 bilhões. No setor de petróleo e gás, 80,98% do lucro pertence a Petrobras. No ano passado, a proporção era de 90,9%.
O estudo apresentado pela Economática se limita as empresas de capital aberto brasileiras, sendo que alguns setores da economia não estão completamente analisados por que as empresas não são de capital aberto. Os demonstrativos usados na pesquisa são os disponíveis na base de dados da CVM.
Setor de energia é responsável por 21,3% das fusões e aquisições no 1º trimestre
No primeiros trimestre de 2012, o relatório Deal Flow Indicator, elaborado pela IntraLinks, apresentou um aumento de 23% nas atividades globais de fusões e aquisições em comparação ao mesmo período de 2011. O destaque ficou por conta do setor de energia, que representou 21,3% do total das transações no primeiro trimestre de 2012. A IntraLinks possui uma plataforma para operações de M&A e suas análises periódicas fornecem uma visão das atividades de negócios em curso e tendências do mercado global antes de seus anúncios ao público.
No Brasil, o volume de negócios entre janeiro e março desse ano apresentou crescimento de 17% quando comparado ao ano de 2011, um aumento expressivo, já que o primeiro trimestre é considerado pela indústria com baixo fluxo de fusões e aquisições.
Todas as regiões do globo mostraram uma tendência de positiva se comparado o primeiro trismestre de 2012 com o mesmo período de 2011. O índice revelou crescimento de 58% na região Ásia-Pacífico, acompanhado pela América Latina, com 42% – onde o volume total de negócios entre abril de 2011 a março de 2012 mostrou elevação de 48% em relação o mesmo período no ano anterior –, e a região da Europa, Oriente Médio e África, com 29%. A América do Norte também registou aumento, apesar de modesto, com apenas 12%.
De acordo com Matt Porzio, vice-presidente de M&A e comercialização de produtos da IntraLinks, o mercado ainda está digerindo as aquisições feitas em 2010 e 2011, mantendo-se pragmático sobre outros alvos potenciais. Ainda de acordo com ele, como os conselhos e altos executivos demandam uma abordagem mais estruturada para o processo de fusões e aquisições, os profissionais de desenvolvimento das empresas estão percebendo a necessidade de racionalizar seus processos para melhor gerir os diferentes desafios ao longo do ciclo de vida do negócio.
Os resultados do DFI da IntraLinks são baseados no envolvimento da empresa em uma percentagem significativa de negócios de fusão & aquisição nos estágios primordiais de cada transação, oferecendo uma perspectiva inicial das atividades globais do negócio. (Canal Energia)
Leia também: