domingo, 24 de julho de 2011

Potencial eólico do país supera o hidrelétrico

Em menos de uma década, a energia que vem dos ventos conquistou espaço no mercado brasileiro, atraiu investimentos bilionários e tem hoje potencial superior ao hidrelétrico. Levantamento inédito da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), com base nas informações recebidas pelas empresas, está redimensionando de 143 gigawatts (GW) para pelo menos 300 GW o potencial de geração de energia eólica no país. No caso da hidreletricidade são estimados 261 GW.

Os dados farão parte de um sistema que já está pronto, mas que só deve se tornar público no fim do ano. A ideia é garantir ao mercado o maior número de informações sobre os ventos e as localidades de maior incidência em tempo real, segundo o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim.

Brasil é o 12º mercado mais atrativo do setor
É atrás desses bons ventos que grandes multinacionais estão desembarcando no país. O Brasil tornou-se o 12º mercado mais atraente do mundo para negócios em energia renovável e pode subir para a 10ª posição até o fim deste ano, no ranking da Ernst & Young Terco para 35 países, segundo antecipou ao Globo o sócio da área de transações da consultoria, Luiz Claudio Campos.
- Esta é a melhor posição que o Brasil já atingiu no ranking, que não inclui as hidrelétricas por não considerá-las tão verdes - disse.

A China se mantém na liderança, sendo seguida dos Estados Unidos.
As companhias do setor já não esperam nem sequer os leilões realizados pelo governo e começaram, este ano, a negociar energia eólica no mercado livre, o que também é inédito. É o caso da belga Tractebel Energia. A Eletrosul, que deve aumentar de 15 para 45 torres o número de aerogeradores - como são chamados os imensos ventiladores que produzem energia eólica - no parque de Cerro Chato, no Rio Grande do Sul, se prepara para entrar no mercado livre também. (O Globo)

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