quarta-feira, 16 de março de 2011

Pinga-Fogo Setor Elétrico: ANEEL e BNDES

ANEEL discute com a sociedade alterações da estrutura tarifária
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) realiza nesta quarta-feira (16/03), às 14h, em Brasília (DF) a Audiência Púbica referente à alteração da Estrutura Tarifária aplicada ao setor de distribuição de energia elétrica no Brasil. O período para recebimento de contribuições, iniciado em 17/12/2010, se encerra no próximo dia 18/03.
A estrutura tarifária é a forma como os diversos tipos de consumidores pagam pelo uso da energia elétrica. A tarifa de energia nada mais é que o rateio de todos os custos incorridos pela distribuidora para levar a energia a seus consumidores. O objetivo de rever a estrutura tarifária é que, com o passar dos anos e as inúmeras alterações na forma de organização do setor elétrico, os sinais tarifários ficaram defasados e já não refletem para o consumidor o uso eficiente do sistema. Clique aqui para mais informações sobre o assunto.

Transmissoras vencedoras de leilões terão remuneração de 5,59% ao ano
O custo de capital para estabelecimento da receita-teto das transmissoras nas próximas licitações foi definida ontem (15/03) pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A taxa de remuneração das empresas de vencedoras dos leilões de 2011 foi fixada em 5,59% ao ano, em termos reais e depois de impostos. A diretoria decidiu ainda avaliar, no prazo de 90 dias e a partir das contribuições recebidas na audiência pública que discutiu o assunto, a possibilidade de alterações metodológicas para o cálculo.
A metodologia utilizada pela Agência para definir a taxa de remuneração das futuras concessionárias de transmissão é a do custo médio ponderado de capital (Weighted Average Cost of Capital- WACC), em combinação com o modelo de precificação dos ativos (Capital Asset Pricing Model -CAPM), empregado para projetar o custo do capital próprio. O custo do capital de terceiros é estimado a partir de um benchmarking financeiro.

BNDES vai apoiar tecnologia em fontes alternativas de energia
O Fundo Tecnológico do BNDES vai apoiar, neste ano, projetos de desenvolvimento tecnológico e de inovação nos setores de energia, meio ambiente, eletrônica, novos materiais, química, transportes e petróleo e gás. A decisão foi anunciada na útima segunda-feira (14/3) pela instituição. No ano passado, foram apoiados pelo Funtec 27 projetos, com recursos não reembolsáveis da ordem de R$ 200 milhões. Os principais setores atendidos foram os de eletrônica e meio ambiente, que responderam por 27,9% e 21,25% dos recursos comprometidos, respectivamente, segundo informa a assessoria do banco.
Dentre os projetos de setores considerados prioritários para o setor produtivo brasileiro, foram selecionados este ano pelo BNDES a geração de energia a partir de fontes alternativas e outras áreas, como e petróleo e gás. A participação do BNDES é de até 90% do valor total do projeto. Este deve ser apresentado por instituições tecnológicas, em parceria com empresas cuja atividade econômica esteja diretamente ligada à pesquisa aplicada, ao desenvolvimento tecnológico e à inovação.

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