terça-feira, 26 de junho de 2012

Aneel reduz orçamento do ONS para 2012-2013 em 3,4%

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) analisou nesta terça-feira (26/6) a proposta de orçamento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para o período entre julho de 2012 e junho de 2013. O órgão pediu à agência a aprovação de R$511,2 milhões para o período, mas teve aval para desembolsar R$493,8 milhões, o que representa uma redução de 3,4%.

O regulador não alterou os recursos direcionados ao Plano de Ação do ONS, de R$73,7 milhões e a aquisições e benfeitorias, R$11 milhões. Mas fez cortes no custeio do operador, que passou dos R$426,4 milhões solicitados para R$409 milhões. Os ajustes foram sugeridos pela área técnica da Aneel, aceitos pelo relator do processo, diretor André Pepitone, e aprovados por toda a diretoria.

Antes da votação da matéria, um representante do ONS foi à tribuna para pedir que a agência não fizesse cortes no orçamento apresentado. "A transmissão está crescendo, o País esta´crescendo, o que mostra a importância do operador, principalmente o orçamento de pessoal. É muito importante que a competitividade do operador seja mantida", argumentou.

O membro do ONS revelou que o órgão perdeu 42 funcionários ao longo do último ciclo, entre 2011 e 2012. "Isso ensejou uma dificuldade muito grande e antevemos dificuldades crescentes por isso. É importante que a competitividade salarial dos empregados seja mantida", apontou.

O Jornal da Energia havia adiantado que empregados do ONS têm sido sondados por empresas do setor elétrico, como a chinesa State Grid, que se prepara para disputar o leilão do sistema de transmissão de Belo Monte.

Apesar da exposição feita pelo representante do ONS, a rubrica de gastos com pessoal foi o principal alvo das análises e reduções feitas pelos técnicos da Aneel. O diretor Romeu Rufino inclusive, mostrou, como já havia feito no ano passado, certo desconforto am analisar a questão.

"Plano de cargos e salários, política de pessoal de modo geral...não é papel da secretaria de fiscalização financeira avaliar a política salarial do ONS. Talvez coubesse a contratação de uma consultoria mais especializada no assunto. E (gasto com) pessoal representa quase metade do orçamento", levantou. (Jornal da Energia)
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