Dos 420 bilhões de quilowatts- hora de consumo total de energia, o setor industrial -de todos os portes- e as edificações respondem por 90%. Um sistema de frios por absorção vem-se mostrando uma alternativa bastante interessante para a eficiência energética na indústria, já que permite a utilização de diversas fontes de energia, entre as quais o calor de rejeito de processos e equipamentos industriais. Apesar de já existentes nas empresas industriais, estas energias são pouco aproveitadas, como o calor gerado em fornos, chaminés de caldeiras, condensado, entre outros.
"Esse sistema de frios proporciona uma redução de até 20% dos gastos com energia elétrica nas fábricas dos diversos segmentos", afirma o engenheiro Paulo Costa (foto), da Work Industrial Engenharia. Ciente de que a energia elétrica tem, hoje, um custo alto para a indústria brasileira, Costa explica que a falta de estrutura para recuperar o calor que vem de compressores, caldeiras, fornos e outros, e gera uma perda financeira grande para a empresa. "Com a refrigeração por absorção, este calor de rejeito passa a ser fonte de energia para a geração de frio, se tornando energia econômica e saudável", aponta. Segundo o engenheiro, esse sistema, patenteado nos Estados Unidos no século XX pelo francês Ferdinand Carré, tem sido cada vez mais utilizado por grandes empresas e redes hoteleiras no Brasil, o que tem impulsionado os projetos de eficiência energética no País.
"Esse sistema de frios proporciona uma redução de até 20% dos gastos com energia elétrica nas fábricas dos diversos segmentos", afirma o engenheiro Paulo Costa (foto), da Work Industrial Engenharia. Ciente de que a energia elétrica tem, hoje, um custo alto para a indústria brasileira, Costa explica que a falta de estrutura para recuperar o calor que vem de compressores, caldeiras, fornos e outros, e gera uma perda financeira grande para a empresa. "Com a refrigeração por absorção, este calor de rejeito passa a ser fonte de energia para a geração de frio, se tornando energia econômica e saudável", aponta. Segundo o engenheiro, esse sistema, patenteado nos Estados Unidos no século XX pelo francês Ferdinand Carré, tem sido cada vez mais utilizado por grandes empresas e redes hoteleiras no Brasil, o que tem impulsionado os projetos de eficiência energética no País.
Reaproveitamento - De um modo geral, 25,7% da energia elétrica gasta dentro do parque industrial brasileiro podem ser reaproveitados. E, dentro dessa porcentagem, 82% em capacidade térmica. "A adesão ao sistema de frios deve aproximar a indústria nacional do que existe de mais atual em eficiência energética", acredita Costa.
O sistema de frios por absorção é implantado na indústria por meio de equipamentos termodinâmicos compostos de uma máquina com entrada para ar quente e saída para fontes frias. As temperaturas de evaporação obtidas com o sistema de refrigeração podem variar de 10ºC a -59ºC, com diferentes ciclos e fluidos. Para bombas de calor, as temperaturas de entrada no evaporador podem atingir facilmente os 100ºC.
De acordo com Costa, os sistemas de absorção geram menor consumo de energia elétrica se comparados a sistemas de compressão, porque as plantas de absorção são livres de vibração e o calor recuperado pode ser utilizado como insumo energético. "Plantas de absorção são economicamente atrativas quando os custos dos combustíveis são substancialmente menores que os da energia elétrica", enfatiza o executivo.
Empresas diversas - "A eficiência energética na indústria brasileira é mais do que uma tendência: é uma necessidade", diz Costa, ressaltando que o tema foi amplamente discutido no 3º Fórum de Eficiência Energética, sediado na Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens), em outubro último. No evento, Costa expôs o funcionamento do sistema de frios até por ser um mecanismo que, depois de implantado em diversas empresas, pode revolucionar o setor industrial, prevê o engenheiro.
Para a implantação do sistema de frios por absorção, a Work Industrial Engenharia desenvolve um estudo para verificar a viabilidade da aplicação da estrutura do projeto. A prospecção é feita por meio de uma equipe com profissionais especializados, que analisam as redes de processo da indústria. Esse trabalho envolve novas ações que estarão incluídas no processo de reaproveitamento de força, como geração, distribuição, recuperação e armazenamento de energia. Em seguida, o processo focaliza a montagem das redes necessárias de utilidades, incluindo desde o suporte de tubulação, e o isolamento térmico dos equipamentos até a finalização do projeto.
"Acompanhamos a empresa do início ao fim do projeto. Em primeiro ponto, desenvolvemos o conceito do projeto voltado para redução de energia. Em seguida, partimos para a elaboração de um projeto executivo específico para a instalação", descreve o engenheiro Costa. Ao final, é realizada uma série de testes antes do funcionamento do projeto, para assegurar o perfeito funcionamento do sistema.
Segundo o engenheiro, o valor reduzido na rede de energia influenciará diretamente a economia do País. "Os Estados Unidos há muito tempo incorporaram as práticas de eficiência energética nas empresas. No Brasil, se a implantação do sistema no setor industrial for ampliada, teremos mais recursos para investir em outros setores que atualmente necessitam de crescimento", destaca.
Atuando no mercado nacional há mais de 10 anos, a Work Industrial é uma empresa de engenharia que projeta e implanta soluções integradas para sistemas industriais e redes de utilidades. (DCI)
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