Há um contraste grande entre o número de projetos de novas plantas industriais em análise no BNDES neste ano e em 2010. Até julho, foram aceitos para análise na instituição 110 pedidos de financiamento, no valor de R$ 14 bilhões. Em 2010, foram 205 projetos "greenfield" (de novas unidades) analisados, que somaram cerca de R$ 40 bilhões, sem considerar os R$ 20 bilhões de Belo Monte.
Para o BNDES, porém, o cenário é de estabilidade. "Tradicionalmente, no segundo semestre, costuma haver alta da demanda por financiamentos, o que deve fazer o número de projetos apoiados crescer em relação a 2010. Mesmo que o valor dos enquadramentos para 'greenfield' fique em patamar semelhante ao do ano passado", diz o superintendente da área de planejamento, Claudio Leal. "Temos alguns projetos [entrando]."
Leal afirma que a expectativa do banco é que o Revitaliza, programa reeditado com o Plano Brasil Maior, comece a operar neste mês, o que também deve impulsionar a solicitação de crédito. Entre as novas unidades em estudo, o grande destaque é o setor de geração de energia elétrica, com 49 projetos, 28 deles, de energia eólica. Projetos de infraestrutura em busca de apoio do BNDES somam 66.
No setor industrial, são 21 pedidos de financiamento. Até dezembro, o valor enquadrado deve ficar próximo da média dos últimos três anos, segundo Leal. "Nenhum banco prevê esse crescimento. O PIB estimado para este ano é menor que o de 2010."
"No segundo semestre costuma haver alta da demanda por financiamento, o que deve fazer o número de projetos crescer ante 2010, mesmo que o valor para projetos 'greenfield' fique em patamar semelhante" Claudio Leal, superintendente da área de Planejamento do BNDES. (Folha de S. Paulo)
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