Comandada por Jerson Kelman, nova companhia vai desenvolver projetos de rede inteligente de energia
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a distribuidora de energia fluminense Light vão criar uma nova empresa para atuar no desenvolvimento de redes inteligentes no setor de energia, conhecidas como "smart grids". Essa tecnologia permite a criação de produtos e serviços, como medidores de consumo e sistemas de abastecimento interativos para carros elétricos.
As empresas anunciaram a volta de Jerson Kelman ao grupo para comandar o novo negócio, apenas uma semana após ele deixar o comando da Light por divergências com executivos indicados pela Cemig em questões operacionais e estratégicas da companhia. A empresa mineira detém hoje uma participação de 32,47% da distribuidora.
O anúncio foi feito ontem no Rio pelo presidente da Cemig, Djalma Morais. "Vamos contratar uma empresa externa, talvez a Price, para estruturar essa companhia", declarou. O executivo não revelou prazos para o negócio sair do papel nem qual será a participação acionária de cada uma das sócias. A subsidiária, ainda sem nome, ficará abaixo da Axxion, empresa de tecnologia já existente, cujo capital é composto pela Light (51%) e pela Cemig (49%).
Veículos. Ontem, executivos das duas empresas apresentaram um dos primeiros produtos que vão compor o portfólio da nova sociedade: um sistema interativo de abastecimento de veículos elétricos. A ideia é que sejam instalados em shoppings, estacionamentos e outros lugares em que os carros possam receber energia. O proprietário poderá acompanhar o andamento da recarga à distância pelo tablet, celular ou computador.
O sistema indicará, por exemplo, em que horários a tarifa de energia é mais baixa e, consequentemente, mais vantajosa para o consumidor, com o objetivo de desestimular o consumo nos horários de pico. Além disso, uma tela no automóvel apontará onde há pontos de recarga e quais estão vagos. O modelo está sendo testado em carros fabricados pela Mitsubishi nos Estados Unidos e no Japão.
A implantação do sistema em escala comercial deve ocorrer em um ano. A Light ainda estuda com a montadora como será feita a venda dos carros no País. Morais disse ainda que está em busca de um outro sócio para o empreendimento, mas não deu detalhes sobre os potenciais parceiros.
"Vamos trazer um ente externo com experiência para fazer parte (da empresa)", declarou. Ele disse que ainda não está definido onde ficará a sede da nova empresa, mas revelou que pode ficar fora do Rio ou de Minas Gerais. "Se a empresa externa tiver um parque fabril em São Paulo, (a companhia criada) vai estar lá." Com a ida para a nova empresa, Kelman ficará a frente de um projeto que acompanhava com empolgação enquanto dirigia a Light. (O Estado de S.Paulo)
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