terça-feira, 3 de abril de 2012

Pinga-Fogo Setor Elétrico: EPE, Cemig e Renova Energia

EPE quer ofertar quatro hidrelétricas em próximo leilão
O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, está otimista quanto ao processo de licenciamento ambiental da hidrelétrica de Sinop (400MW), prevista para ser construída no rio Teles Pires. O projeto é um dos que o órgão, que atua no planejamento do setor elétrico e é ligado ao Ministério de Minas e Energia, espera colocar no leilão de energia A-5, marcado para agosto. “Sinop andou bem, acho que deve sair. Houve as audiências públicas e correram muito bem”, explicou Tolmasquim. A espera agora é pelo posicionamento final da Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso, responsável pelo aval ao projeto. Outra planta que a EPE pretende ter no A-5 é a hidrelétrica de São Manoel (700MW), considerada por Tolmasquim como “a principal” do certame planejado. O empreendimento, no entanto, está travado na questão indígena. No ano passado, funcionários da EPE e da Funai chegaram a ser mantidos reféns por tribos contrárias à usina, que será instalada também no rio Teles Pires. Em conversa com a imprensa, o presidente da EPE admitiu que a falta de licença para hidrelétricas foi “o principal motivo” para adiar o leilão A-5, que antes estava marcado para abril. Além disso, as distribuidoras também alegaram sobrecontratação, o que ajudou a postergar a data. Além de Sinop e São Manoel, Tolmasquim disse ter esperanças de conseguir licenciar para o certame as usinas de Cachoeira Caldeirão, no Amapá, e Ribeiro Gonçalves, no Piauí.

Reajuste tarifário da Cemig é aprovado

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje (03/04) o reajuste tarifário da Cemig Distribuição S/A. As novas tarifas entrarão em vigor no próximo dia 08/04 para sete milhões de unidades consumidoras, localizadas em 805 municípios de Minas Gerais. O efeito médio a ser percebido pelos consumidores cativos da Cemig será de 3,85%. Ao calcular os índices de reajuste, a Agência considera a variação de custos que a empresa teve no decorrer do período de referência. A fórmula de cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o IGP-M e o Fator X*, e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada de geradoras, encargos de transmissão e encargos setoriais. Os índices aprovados são o máximo que as empresas podem praticar.

Renova pede R$ 1 bi ao BNDES para 15 parques eólicos

A Renova Energia entrou com pedido de empréstimo de aproximadamente RS 1 bilhão junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e social (BNDES) para o financiamento à construção de 15 parques eólicos cuja energia foi contratada nos leilões de 2010 e 2011 e que vão consumir RS 1,4 bilhão de investimentos. Segundo o presidente da companhia, Ricardo Delneri, a expectativa da companhia é assinar o contrato até agosto. O cronograma da companhia prevê que a construção dos parques se inicie em setembro. Delneri também disse que a Renova cadastrou 211 MW em projetos para os próximos leilões de energia nova (A-3 e A-5, marcados para junho e agosto). Ele ressaltou porém que a carteira de projetos está cheia e que a empresa atualmente está focada na expansão do contratos com o mercado livre. (Agência Estado)