quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pinga-Fogo Setor Elétrico: Light, CCEE, CEB e Duke Energy

Aneel aprova entrada da Light na Renova Energia 
A Aneel aprovou a aquisição, pela Light, de 26% do capital total da Renova Energia. O negócio, que envolve R$360 milhões, dará à Light uma posição no bloco de controle da companhia, com 35,1% do capital votante - o mesmo percentual que cabe à RR Participações. A Light, que atua na distribuição de energia em parte do Rio de Janeiro e tem ativos em geração, pagará R$7,12 por ação ordinária, ou R$21,36 por Unit na compra. A Renova dedica-se a investimentos em fontes alternativas de energia, como parques eólicos e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). A empresa tem 456MW eólicos em implantação e três PCHs em funcionamento que somam 42MW. Além disso, o portfólio ainda conta com 3.503MW em projetos em diferentes fases de desenvolvimento. O diretor Julião Coelho, relator do processo, afirmou que a Renova tem "alguns investimentos atrasados", mas ressaltou que a entrada da Light na companhia "pode permitir a dinamização das obras e o fim desse atraso". A transação será formalizada em até 90 dias. 

Inadimplência no mercado de curto prazo volta a crescer 
A CCEE divulgou os resultados da liquidação financeira de julho, referente às operações realizadas no mercado de curto prazo (MCP) de energia. No mês, foram levados a liquidação R$238,1 milhões, dos quais R$175,7 milhões foram liquidados. Com isso, a inadimplência somou R$62,4 milhões, representando 26,22% do total. O resultado volta a mostrar uma alta no déficit, que vinha caindo nas últimas liquidações. Em maio, a inadimplência registrada havia sido de 15,87%. A CCEE destaca que o aumento se deu "principalmente porque seis usinas mantêm o atraso na sua entrada em operação comercial". Embora a câmara não seja autorizada a comentar nomes de agentes, sabe-se que o problema tem sido causado pelo Grupo Bertin, responsável por um complexo termelétrico na Bahia que deveria estar em operação desde janeiro deste ano. Além de não ter concluído as obras, a empresa também não tem comprado contratos no mercado para suprir a energia que deveria estar gerando. Nessa última liquidação da CCEE, participaram 1.404 agentes, sendo 388 credores e 1.016 devedores. A CCEE destaca que "todos os 14 agentes inadimplentes estão em processo de desligamento, mas três estão cobertos por liminares que impedem o desligamento na CCEE". A câmara também ressalta que, apesar da alta inadimplência nas liquidações mensais, o saldo acumulado do ano é mais positivo: "nos seis primeiros meses de 2011, a inadimplência acumulada é de 2,57%, em um total contabilizado de R$ 2,42 bilhões". 

Conta de luz vai ficar mais cara para os consumidores no Distrito Federa 
A Aneel autorizou ontem (16/8) a Companhia Energética de Brasília (CEB) a reajustar a conta de luz em 6,36% em média para os consumidores da região. Para as residências, entretanto, a conta vai subir ainda mais: o aumento será de 6,74%. Já para as indústrias, a correção será de 5,58%. O aumento entra em vigor na sexta-feira da próxima semana (26/8) e vai atingir 860 mil unidades consumidoras. A agência calcula o tamanho do reajuste da conta de luz com base no IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), nos custos que a empresa teve no decorrer do período de referência com distribuição e energia comprada de geradoras, tributos de transmissão e encargos setoriais.

Duke Energy avalia expansão de geração elétrica no Brasil, incluindo térmicas a gás
O presidente da companhia, Armando Henriques, afirmou que a empresa está avaliando tanto projetos greenfield como oportunidades de aquisição. Entre os projetos para expansão da capacidade instalada no Brasil estão a usina termelétrica Pederneiras (de 200 a 500 megawatts), com a qual a Duke pretende entrar no próximo leilão de energia A-5, previsto para o final de 2011.

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