O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reiterou a alegação oficial do governo usada para justificar o adiamento do sistema de bandeiras tarifárias para 2015. "Julgamos conveniente [o adiamento]. A Aneel achou que seria muito apressado fazê-lo agora. Houve também reivindicação dos agentes", disse o ministro após cerimônia de comemoração de dez anos do programa Luz para Todos.
O mecanismo de bandeiras tarifárias sinaliza para a elevação do custo da energia para os consumidores na conta de luz e, a partir do próximo ano, repassaria a variação deste preço na fatura do mês seguinte. Oficialmente, o governo não admite que uma das razões para o adiamento está relacionada à possibilidade de aumento da pressão inflacionária nos primeiros meses do ano.
Após o evento o ministro foi questionado se o setor poderia continuar contando com aportes regulares de recursos do Tesouro Nacional em 2014 para cobrir despesas que elevam o custo da energia para o consumidor. Lobão, no entanto, apenas disse que o governo continuará uma política que propicie uma tarifa de energia elétrica mais barata para os consumidores.
"O modelo energético brasileiro contempla o princípio da modicidade tarifária. Então, estamos sempre perseguindo esse vetor", respondeu o ministro. Ele reafirmou que o esforço de propiciar a redução média de 20% das tarifas continuará sendo feito no próximo ano. (Valor Online)
Leia Também:
* Conta de luz congelada
* Tesouro deve bancar conta de energia
* Eletropaulo vai questionar Aneel na Justiça
* MME realizará novos leilões para suprir descontratação das distribuidoras
Leia Também:
* Conta de luz congelada
* Tesouro deve bancar conta de energia
* Eletropaulo vai questionar Aneel na Justiça