Na avaliação de especialistas do setor, os empreendedores de térmicas a gás têm uma grande chance de serem os protagonistas do próximo leilão de A-3 que será realizado em agosto. A gerente do núcleo de estudos econômicos e financeiros da Andrade e Canelas, Thaís Trandini, vê o cenário bastante favorável para um destaque da fonte, que não participa de um certame há três anos.
"A gente imagina uma grande competição puxada pelo gás natural, que está sem leilão desde 2008 e, naquela vez, convivia com um dólar mais alto, que encarecia o combustível e o projeto em relação a hoje", avalia a especialista. Além disso, Trandini vê o outro leilão, este de reserva, focado nos parques de energia eólica, o que deixaria o caminho ainda mais livre para as termelétricas no A-3.
Este direcionamento das eólicas para o certame de reserva, o qual não tem participação do gás, se daria por dois motivos principais: preço e condições de contrato. "O de reserva tem um prazo maior para entrar em operação, inicia com um preço mais alto e há a possibilidade de venda no mercado livre. São condições contratuais melhores".
Questionada sobre o valor que as usinas poderiam chegar, a consultora afirma que já ouviu falar que a tarifa poderia chegar a R$110/MWh, mas prefere um palite "mais conservador"."Acho que se mantém no mesmo nível do ano passado, ou até um pouco superior, já que não acredito que a tecnologia evoluiu tanto para baixar o preço".
A opinião de Trandini vai de encontro à análise do professor do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Brandão, ouvido pela reportagem nesta semana. Para ele, o fato de as térmicas não terem sido chamadas aos últimos leilões deve fazer com que os investidores apresentem maior "agressividade" neste ano.
Dúvida sobre o preço das térmicas - A competitividade do gás neste leilão tem como um dos pontos relevantes a participação da MPX, empresa cujas plantas utilizam gás da OGX, proveniente de poços terrestres e de propriedade do mesmo grupo. A participação de uma das concessionárias do empresário Eike Batista foi destacada pela consultora Thaís Tradini, e também lembrada pelo secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. "Provavelmente vamos ter pela primeira vez gás de usinas na boca do poço. Então tem não tem custo de transporte, e isso deve ter um efeito muito interessante", avaliou Zimmermann.
Durante reunião do Comitê de Energia da Câmara Americana de Comércio (Amcham), Zimmermann foi questionado sobre o alto preço que tem sido cobrado pela Petrobras em seus contratos de gás com geradores.
"O preço de gás tem uma lógica. Não temos infraestrutura, e quanto isso custa? Na verdade você tem hoje o custo de transporte. Tivemos uma evolução, que foi a Lei do Gás, que quer que mais gente invista, não só a Petrobras. Ainda é um insumo novo na matriz brasileira". Zimmermann, que, além de secretário-executivo do MME, é do Conselho de Administração da Petrobras, também destacou que "não é o governo que regula o preço do gás, é regra de mercado". (Jornal da Energia)
Leia também:
* Tarifa de Energia Elétrica e a Competitividade Industrial
* Furnas paga R$ 800 mil em multa por atrasar obras
* Pinga-Fogo Setor Elétrico: Copel, Iberdrola e Abegás
* Embate entre eólicas e térmicas a gás será destaque de leilão
"A gente imagina uma grande competição puxada pelo gás natural, que está sem leilão desde 2008 e, naquela vez, convivia com um dólar mais alto, que encarecia o combustível e o projeto em relação a hoje", avalia a especialista. Além disso, Trandini vê o outro leilão, este de reserva, focado nos parques de energia eólica, o que deixaria o caminho ainda mais livre para as termelétricas no A-3.
Este direcionamento das eólicas para o certame de reserva, o qual não tem participação do gás, se daria por dois motivos principais: preço e condições de contrato. "O de reserva tem um prazo maior para entrar em operação, inicia com um preço mais alto e há a possibilidade de venda no mercado livre. São condições contratuais melhores".
Questionada sobre o valor que as usinas poderiam chegar, a consultora afirma que já ouviu falar que a tarifa poderia chegar a R$110/MWh, mas prefere um palite "mais conservador"."Acho que se mantém no mesmo nível do ano passado, ou até um pouco superior, já que não acredito que a tecnologia evoluiu tanto para baixar o preço".
A opinião de Trandini vai de encontro à análise do professor do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Brandão, ouvido pela reportagem nesta semana. Para ele, o fato de as térmicas não terem sido chamadas aos últimos leilões deve fazer com que os investidores apresentem maior "agressividade" neste ano.
Dúvida sobre o preço das térmicas - A competitividade do gás neste leilão tem como um dos pontos relevantes a participação da MPX, empresa cujas plantas utilizam gás da OGX, proveniente de poços terrestres e de propriedade do mesmo grupo. A participação de uma das concessionárias do empresário Eike Batista foi destacada pela consultora Thaís Tradini, e também lembrada pelo secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. "Provavelmente vamos ter pela primeira vez gás de usinas na boca do poço. Então tem não tem custo de transporte, e isso deve ter um efeito muito interessante", avaliou Zimmermann.
Durante reunião do Comitê de Energia da Câmara Americana de Comércio (Amcham), Zimmermann foi questionado sobre o alto preço que tem sido cobrado pela Petrobras em seus contratos de gás com geradores.
"O preço de gás tem uma lógica. Não temos infraestrutura, e quanto isso custa? Na verdade você tem hoje o custo de transporte. Tivemos uma evolução, que foi a Lei do Gás, que quer que mais gente invista, não só a Petrobras. Ainda é um insumo novo na matriz brasileira". Zimmermann, que, além de secretário-executivo do MME, é do Conselho de Administração da Petrobras, também destacou que "não é o governo que regula o preço do gás, é regra de mercado". (Jornal da Energia)
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