Copel anuncia compra de participação em quatro parques eólicos no Nordeste brasileiro
A Copel informou ontem (16/6) que o Conselho de Administração da empresa aprovou a compra de participação em quatro parques eólicos que estão sendo instalados no interior do Rio Grande do Norte. Quando concluídas, essas centrais, que gerarão energia elétrica a partir da força dos ventos, terão potência instalada conjunta de 94 megawatts. Segundo o comunicado emitido pela Companhia, ela está adquirindo participação de 49,9% nos parques eólicos Farol, Olho d’Água, São Bento do Norte e Boa Vista, da Dreen Brasil Investimentos e Participações, empresa vinculada ao Grupo Galvão Energia. A participação remanescente de 50,1% permanecerá com a própria Dreen. Os empreendimentos entram em operação em 2013 e a produção já foi comercializada por meio de contratos com 20 anos de duração no leilão de fontes alternativas realizado em agosto passado pela Aneel. O faturamento dos empreendimentos deverá girar em torno de 50 milhões de reais por ano. Embora a anunciada negociação dependa de aprovação da Aneel, ela já é saudada pelo presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, como um marco significativo na gestão sustentável da empresa. Ele afirmou que o desfecho dessa operação materializa o cumprimento da orientação dada pelo governador Beto Richa de expandir os negócios da Copel dentro de bases sustentáveis, capazes de agregar valor à Companhia e contribuir para o bem estar da coletividade.
Eletropaulo 'não é pior que as demais operadoras', diz Aneel
As interrupções no fornecimento de energia elétrica na região metropolitana de São Paulo indicam falta de investimento na manutenção na rede da Eletropaulo, segundo a Aneel, responsável por fiscalizar as empresas do setor. O órgão, entretanto, diz que a empresa não é pior do que as demais operadoras do País e que não vai intervir dministrativamente, como solicitado pelo Procon. "Se fôssemos pegar os indicadores (de frequência e duração de interrupções), teríamos de fazer intervenção em metade das empresas (que têm índices piores que os da Eletropaulo)", afirmou o diretor-geral da agência, Nelson Hubner. De acordo com os dados mais recentes da Aneel, os paulistanos atendidos pela Eletropaulo ficaram cerca de dez horas sem luz em abril, índice pior que o registrado pela Escelsa, que opera no Espírito Santo. Ainda assim, os clientes da mineira Cemig ficaram 18 horas sem energia elétrica, e, no Rio, os consumidores da Light ficaram 14 horas no escuro. O aumento na fiscalização da Eletropaulo foi prometido na quarta-feira por Hubner ao secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, que também se reuniu com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Para o secretário, a Eletropaulo tem priorizado o aumento dos lucros em detrimento de investimentos na melhoria dos serviços devidos aos cerca de 6,1 milhões de clientes. Segundo o secretário, a Eletropaulo elevou em mais de três vezes o lucro entre 2006 e 2010, passando de R$ 373 milhões para R$ 1,3 bilhão
Aneel mantém multa contra Cemig Distribuição
A Agência Nacional de Energia Elétrica negou provimento ao recurso apresentado pela Cemig Distribuição S/A e manteve a multa de R$6.411.899,78 mil em face do auto de infração n. no 2/2011-SFE, lavrado pela Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade A distribuidora foi punida porque não alcançou as metas dos indicadores que medem a duração (DEC) e freqüência (FEC) das interrupções de energia no ano de 2009. A decisão da diretoria da Agência esgota a possibilidade de recurso da distribuidora na esfera administrativa. O DEC – Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor – e o FEC – Freqüência Equivalente de Interrupção por Consumidor – são indicadores que avaliam o desempenho técnico e a qualidade dos serviços prestado pelas distribuidoras de energia elétrica. O DEC indica o tempo médio em que uma unidade consumidora ficou sem energia e o FEC indica o número de vezes em média que ocorreu interrupção no fornecimento de uma unidade consumidora.
Leia também:
* Tarifa entra em discussão sobre fim de concessões
* História não respalda eventual intervenção na concessionária
* Cesp começa a enxugar sua operação
* Os desafios energéticos e a agenda do FNSE
* Concessionários resistem à redução drástica em preços de geração de energia
Leia também:
* Tarifa entra em discussão sobre fim de concessões
* História não respalda eventual intervenção na concessionária
* Cesp começa a enxugar sua operação
* Os desafios energéticos e a agenda do FNSE
* Concessionários resistem à redução drástica em preços de geração de energia