Estatal prevê reduzir cerca de 200 funcionários com processo de demissão volutária
A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) deverá concluir ainda este mês um programa de demissão voluntária que pretende reduzir consideravelmente a folha de pagamento de funcionários da estatal. A empresa conta hoje com um quadro de 1,6 mil empregados e pretende diminuir o quadro para pelo menos 1,4 mil. Segundo o secretário de energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, o plano faz parte de um projeto de enxugar operacionalmente os custos da companhia no curto prazo. "A perspectiva é saldar todo o endividamento da Cesp, o que pode levar mais ou menos tempo, dependendo da tarifa e da remuneração que a empresa terá", diz Aníbal. "Temos hoje um horizonte firme de tornar a empresa totalmente líquida".
Fontes do mercado avaliam que o governo de São Paulo pretende privatizar a estatal tão logo ocorra a renovação dos contratos de concessão, exatamente o que impediu o sucesso da venda em 2008, durante o governo José Serra. Aníbal, contudo, afirma que a prioridade é a de prorrogar as concessões e nada pode ser especulado. Após resolvido o assunto, o "governo do estado vai fazer o que é melhor para a população".
Não apenas a Cesp, mas as demais companhias federais e estaduais tem interesses, de médio a longo prazo, bem claros para as suas respectivas companhias.
O Grupo Eletrobras quer fazer usina no exterior e participar licitações das novas obras previstas para a reforçar ampliar o potencial energético do país. A prorrogação da RGR, como parte da Medida Provisória 517, a chamada MP onitorrinco, apresentou- se como umsinal de força da Eletrobras neste tema.
Além da estatal federal, há também exemplo da estatal mineira, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) que vive momento expansionista com uma série de aquisições realizadas em período recente no setor. A companhia, por enquanto, preferiu não se posicionar sobre o tema das concessões até que tenha sinalizações mais claras do governo federal. (Brasil Econômico)
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