Artigo
Hoje temos um sistema elétrico de dimensões continentais, com predominância da geração hidrelétrica e com uma matriz de produção cada vez mais diversificada. Tudo isso surgiu na década de 60, quanto teve início o avanço da infraestrutura brasileira. Não existia sistema interligado e as grandes hidrelétricas eram projetos ainda na mesa dos engenheiros.
Lições foram aprendidas no crescimento do setor brasileiro, como a importância do planejamento e de uma operação coordenada. O Brasil é reconhecido mundialmente pela sua competência nesses dois importantes atributos: planejar e operar. O controle de estoque das hidrelétricas é feito pelo operador e exige habilidades específicas, como a previsão da incidência de chuvas.
As usinas possuem capacidades de armazenamento distintas e a utilização do parque térmico disponível é uma importante variável de controle do processo, pois funciona como um "seguro". Nesse ambiente, o sistema de transmissão brasileiro também colabora, pois possibilita as trocas de energia entre bacias, qualificando o Brasil como um dos países de maior intensidade de transmissão de energia do mundo.
Não obstante a complexidade do controle do estoque das usinas hidrelétricas, existe outra meta desafiadora: atender o mercado da forma mais econômica. A meta é manter a segurança no atendimento com o menor custo possível para o usuário final, o consumidor.
A gestão da operação é cada vez mais complexa, tendo em vista que o estoque regulador das hidrelétricas está se esgotando, pela falta de novos reservatórios. Em um país em constante crescimento como o Brasil é também importante perceber a necessidade de adaptação das suas propostas de crescimento na oferta, preservando as melhores condições econômicas do insumo eletricidade para a sociedade como um todo.
Nesse sentido, a matriz de energia elétrica nacional está em constante processo de adaptação. A redução da capacidade de estocar energia hidrelétrica e a entrada das novas fontes renováveis pouco controláveis -como eólica, biomassa e solar- é uma realidade atual. Ao planejar já estão previstas as novas tendências, e o operador passa a possuir novos controles na geração com o objetivo de atingir sua meta permanente de segurança e economia. Autor: João Carlos Mello é presidente da consultoria Andrade & Canellas Energia. (Folha de S. Paulo)
Leia também:
* Fiesp defende novas licitações para usinas hidrelétricas
* Pinga-Fogo Setor Elétrico: Aneel, Eletropaulo e Eletrobras Furnas
* Atraso de térmicas eleva tarifa de energia
* Energia eólica avança no Brasil, mas fontes tradicionais mantêm prioridade
Hoje temos um sistema elétrico de dimensões continentais, com predominância da geração hidrelétrica e com uma matriz de produção cada vez mais diversificada. Tudo isso surgiu na década de 60, quanto teve início o avanço da infraestrutura brasileira. Não existia sistema interligado e as grandes hidrelétricas eram projetos ainda na mesa dos engenheiros.
Lições foram aprendidas no crescimento do setor brasileiro, como a importância do planejamento e de uma operação coordenada. O Brasil é reconhecido mundialmente pela sua competência nesses dois importantes atributos: planejar e operar. O controle de estoque das hidrelétricas é feito pelo operador e exige habilidades específicas, como a previsão da incidência de chuvas.
As usinas possuem capacidades de armazenamento distintas e a utilização do parque térmico disponível é uma importante variável de controle do processo, pois funciona como um "seguro". Nesse ambiente, o sistema de transmissão brasileiro também colabora, pois possibilita as trocas de energia entre bacias, qualificando o Brasil como um dos países de maior intensidade de transmissão de energia do mundo.
Não obstante a complexidade do controle do estoque das usinas hidrelétricas, existe outra meta desafiadora: atender o mercado da forma mais econômica. A meta é manter a segurança no atendimento com o menor custo possível para o usuário final, o consumidor.
A gestão da operação é cada vez mais complexa, tendo em vista que o estoque regulador das hidrelétricas está se esgotando, pela falta de novos reservatórios. Em um país em constante crescimento como o Brasil é também importante perceber a necessidade de adaptação das suas propostas de crescimento na oferta, preservando as melhores condições econômicas do insumo eletricidade para a sociedade como um todo.
Nesse sentido, a matriz de energia elétrica nacional está em constante processo de adaptação. A redução da capacidade de estocar energia hidrelétrica e a entrada das novas fontes renováveis pouco controláveis -como eólica, biomassa e solar- é uma realidade atual. Ao planejar já estão previstas as novas tendências, e o operador passa a possuir novos controles na geração com o objetivo de atingir sua meta permanente de segurança e economia. Autor: João Carlos Mello é presidente da consultoria Andrade & Canellas Energia. (Folha de S. Paulo)
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