O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Junior, disse ontem (29/3) que espera uma sobra de energia reduzida no país até a implantação de novas usinas hidrelétricas. De acordo com Ferreira, a CPFL está cada vez mais se focando na geração de energia eólica. Esta forma de produção está 10% à frente da biomassa e da PCH (Pequena Central Hidrelérica), um tipo de hidrelétrica que não precisa de reservatório, se comparado o custo final da energia gerada.
- Ainda estamos com sobra, mas está mais apertada para 2011. A folga será de 0,3%, aumenta para 0,6% e chega a 5% em 2013, quanto tem a entrada de Santo Antônio e Jirau. Ele lembra ainda que neste ano entra em operação a usina de Estreito. - No quarto trimestre já houve um arrefecimento daquele crescimento de cerca de dois dígitos, principalmente na área industrial não vemos nenhum risco [para o] suprimento [de energia]. Ferreira disse acreditar que a energia eólica pode ser uma alternativa.
- É sim um grande potencial... começamos essa avaliação a cerca de dois anos e estamos seguros desses investimentos e dos resultados. Eu acredito que é uma energia que veio pra ficar... ela tem mostrando suas vantagens em relação a fontes alternativas principalmente em questão de preço.
No leilão de energia realizado em agosto do ano passado, o preço da energia eólica teve valor médio de R$ 130,86 por MWh (megawatt-hora), abaixo dos verificados para biomassa (R$ 144,20) e para a PCHs (R$ 141,93). Tanto no leilão de reserva quanto no leilão A-3, que prevê a entrega de energia em 2013, o preço máximo esperado para energia eólica era superior ao de biomassa e PCHs. De acordo com Ferreira, a empresa conseguiu chegar a um preço baixo com esse tipo de energia porque houve uma melhora significativa nas condições de financiamento e também uma diminuição dos investimentos necessários nos projetos eólicos.
- Nós chegamos a um valor bastante baixo. Tem o fato da crise mundial ter colocado uma sobreoferta [que derruba os preços] decorrente do uso dessas turbinas na europa e nós nos beneficiamos disso. (R7)
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