A Companhia Energética de Minas Gerais elabora uma nova proposta para avaliar a qualidade ambiental de bacias hidrográficas com o objetivo de adotar medidas mais efetivas para mitigar impactos ambientais. Parte do programa Peixe Vivo, criado para preservar as espécies de peixes nativas nas bacias hidrográficas onde a empresa tem usinas, o projeto de pesquisa e desenvolvimento recebeu investimento de R$ 2,23 milhões.
Segundo a Cemig, os estudos integram o projeto para o desenvolvimento de índices de integridade biótica para a bacia de drenagem do reservatório de Nova Ponte. Para o desenvolvimento do projeto, a empresa fez parceria com a Universidade Federal de Lavras – Ufla, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas) e Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET/MG). A iniciativa poderá subsidiar prefeituras, órgãos ambientais, empresas e a comunidade local na adoção das medidas de mitigação.
A Cemig realizou este mês um evento para apresentar o projeto. Segundo Newton Prado, gerente de ictiofauna e programas especiais da Cemig, a proposta foi muito bem aceita. “Foi oportunidade para mostra uma nova mentalidade. Em vez de considerar apenas parâmetros físico-químicos, que podem sofrer variações pontuais, são considerados os fatores bióticos, que registram o impacto durante anos consecutivos”, destaca.
O projeto busca realizar um amplo diagnóstico do estado de conservação da bacia de drenagem do reservatório de Nova Ponte. Para isso, os pesquisadores avaliarão fatores bióticos (insetos, peixes, vegetação ripária) e abióticos (fluxo hidráulico, assoreamento, ocupação humana) em diversos pontos de tributários e no corpo do reservatório. São relacionados um grupo de indicadores ambientais procurando avaliar o espaço de maneira integrada.
Para o professor da UFMG e um dos coordenadores da pesquisa, Marcos Callisto, a criação do índice trará uma inovação para os estudos do meio ambiente na América Latina, além de ser uma importante ferramenta para conscientizar os usuários da bacia sobre as alternativas de preservação.
“O índice pode se tornar uma importante ferramenta no gerenciamento da qualidade ambiental de reservatórios e bacias hidrográficas no Brasil”, prevê. O evento debateu temas como metodologias de avaliação de habitats e suas relações com qualidade da água e biodiversidade de organismos que vivem no fundo do rio. (Agência Ambiente Energia)
Leia também:
* Aneel aprecia alteração da Tust-Proinfa
* Artigo: A caixa-preta da energia
* Evento mostra como medir retorno de projetos
* Distribuidoras já pagaram mais de R$ 152 milhões por falhas no fornecimento de energia
* Brasil tem dez dias para "justificar" Belo Monte à OEA
Leia também:
* Aneel aprecia alteração da Tust-Proinfa
* Artigo: A caixa-preta da energia
* Evento mostra como medir retorno de projetos
* Distribuidoras já pagaram mais de R$ 152 milhões por falhas no fornecimento de energia
* Brasil tem dez dias para "justificar" Belo Monte à OEA