Brasília – O presidente da Empresa de Planejamento Energético (EPE), Maurício Tolmasquim, disse ontem (8/2) que nos últimos três anos foram promovidas quatro grandes audiências públicas e 12 consultas populares nos três municípios que serão afetados pelo lago da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no estado do Pará.
Segundo ele, em todas as oportunidades, “cientificamos as populações locais da viabilidade técnica da geração de energia elétrica na região e dos benefícios que serão oferecidos às 4,3 mil famílias que vivem em igarapés na área de alagamento e que serão transferidas para casas de alvenaria. Além disso, os municípios afetados vão receber R$ 3,5 bilhões para saneamento e outras obras de melhoria”.
A explanação de Tolmasquim foi uma resposta à manifestação que índios e ambientalistas fizeram pela manhã, na Praça dos Três Poderes, contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que deve alagar uma área de aproximadamente 500 quilômetros quadrados (km²), “menos da metade do que estava previsto no projeto original, em nome da preservação ambiental”, segundo Tolmasquim.
Apesar da redução do potencial de geração energética, o presidente da EPE salientou que, “mesmo assim, o projeto é interessante em termos de redução de custos” de geração energética, comparado com usinas de outras regiões do país.
Diante do cenário favorável elencado, foi perguntado ao presidente da EPE o porquê das manifestações contrárias. Tolmasquim respondeu que “sempre haverá os do contra”, mas salientou que a Amazônia é a última fronteira hidráulica do Brasil e que é preciso "compatibilizar a preservação ambiental com melhorias sociais”. (Agência Brasil)
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