quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Novo presidente de Furnas deve pedir que diretores coloquem seus cargos à disposição

Brasília – Indicação pessoal da presidenta Dilma Rousseff e “um técnico de grande envergadura”, segundo o ministro de Minas e Energia, Édison Lobão, o novo presidente de Furnas, Flávio Decat, deverá pedir que os demais diretores da estatal coloquem seus cargos à disposição.

A informação foi dada há pouco por Lobão que disse não acreditar que a nomeação de Decat motive a instalação da uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados.

“O presidente Flávio Decat, seguramente, vai pedir que os demais diretores coloquem seus cargos à disposição para que ele, junto com o ministro e a presidente da República, possamos analisar essa questão seguinte. O fato de colocar o cargo à disposição não significa que está demitido. É para que se possa começar um novo governo com a possibilidade de se fazer alterações”, disse Lobão.

Apesar das ameaças de integrantes do PMDB de abertura de uma CPI para investigar supostas irregularidades em Furnas, Lobão disse que não acreditar nessa possibilidade. “Não creio que seja necessária [a instalação de uma CPI]. O instrumento da Comissão Parlamentar de Inquérito é um dos mais belos da democracia e é para grandes momentos de crise e não há crise no setor. Essa é uma palavra, não quer dizer que isso vá acontecer”, afirmou o ministro.

“Foi um consenso do governo. A presidente conhece bem o Flávio Decat. Ela foi ministra de Minas e Energia no período em que ele atuava fortemente no setor. Ela era ministra da Casa Civil e participou da nomeação dele como diretor da Eletrobras, portanto, uma pessoa que ela conhecia profundamente”, disse Lobão.

A ideia, agora, segundo Lobão, é que Decat converse “civilizadamente” com o vice-presidente, Michel Temer, que é presidente licenciado do PMDB para acalmar os ânimos de partidários da sigla, que detinha a indicação da presidência de Furnas até então. “Eu próprio vou conversar com todos os líderes do PMDB. Não há nenhuma guerra contra ele [Decat]. Ele está sendo convidado e é um técnico que já trabalhou no sistema Eletrobras. Não há nada contra, só a favor”. (Agência Brasil)

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