O BNDES rejeitou garantias oferecidas pela Gaia Energia para um possível financiamento de longo prazo para a usina de Belo Monte. A Gaia pertence à Bertin Energia e tem 9% do consórcio Norte Energia, dono da concessão de Belo Monte.
Ontem mesmo o banco informou ao Ministério Público Federal (MPF) do Pará que o valor total do investimento em Belo Monte será de R$ 25,9 bilhões. Como a expectativa é de que 70% da obra seja financiada, a Gaia precisaria garantir RS 1,6 bilhão do financiamento, além do capital próprio de cerca de R$ 360 milhões que precisa injetar.
O BNDES disse apenas, por meio de sua assessoria de imprensa: "sem comentários". A Gaia, por sua vez, disse que não recebeu qualquer informação sobre o assunto e o consórcio Norte Energia informou que não iria se manifestar.
Se a Gaia não apresentar novas garantias, existem duas opções. Ou os sócios garantem a parte da empresa do grupo Bertin ou terão de buscar um novo autoprodutor para o empreendimento. Segundo fontes a par do assunto, a negociação j á está sendo travada com a Vale. A companhia mineradora, a exemplo do BNDES, respondeu que não iria comentar o assunto.
A Bertin Energia também terá de depositar, até quarta-feira, cerca de R$ 150 milhões em garantias na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, pelo atraso de sete térmicas, ou comprar energia no mercado livre.
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