O Ministério de Minas e Energia (MME) prepara um novo leilão de compra de energia elétrica A-3 e de Reserva para o segundo trimestre deste ano. A autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já foi publicada. Nos leilões serão negociados contratos de comercialização de energia para empreendimentos de geração a partir de fonte eólica e de termelétrica a biomassa ou a gás natural, inclusive em ciclo combinado, diferenciados por fontes.
Para a ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica - os sinais de que haveria um novo leilão de energias renováveis agora em 2011 estavam nítidos a partir das manifestações de diversas fontes do poder concedente, e esta informação é uma confirmação do que a associação esperava.
A estimativa de uma contratação de pelo menos 2.000 MW ao ano atende ao pleito da cadeia produtiva do segmento, pois este será o crescimento anual necessário nos próximos 10 anos para a consolidação da indústria de energia eólica. O cálculo considera a projeção de crescimento médio do PIB brasileiro para os próximos anos, de cerca de 5% ao ano e a necessidade do Brasil garantir um crescimento médio de 7% a 8% no fornecimento de energia em relação à produção atual. Projeta-se que em 2021, a energia proveniente de fonte eólica será de 25 mil MW.
O setor eólico brasileiro totaliza neste final de janeiro de 2011 pouco mais de 3.800 MW comercializados nos leilões efetuados em 2009 e 2010, cuja energia deverá ser entregue até 2013. Os parques eólicos instalados no Brasil, até 31 de dezembro de 2010, totalizam 50 usinas, das quais 40 provenientes do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), que geram 930,5 MW. A implantação dos projetos vencedores do leilão aumentará a quantidade de usinas para cerca de 200 parques eólicos, com geração total em torno de 5.319 MW no ano de 2013.
Desta forma, para a ABEEólica, está correta a projeção da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) onde aponta que a capacidade instalada das usinas movidas por ventos crescerá 320% ao longo desta década. Com os custos competitivos demonstrados por meio dos leilões anuais e com o crescimento de base industrial já instalada, a política do Governo aponta para o incremento estratégico de fontes renováveis de energia, ainda menos poluentes e que já têm custos competitivos. E assim permitir que a eólica seja cada vez mais utilizada para o pleno aproveitamento de complementaridade com a energia hidrelétrica para poupar os níveis dos reservatórios em épocas de pouca chuva. (Setorial News)
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