terça-feira, 16 de outubro de 2012

Perdas das elétricas na bolsa chegam a R$ 26,9 bilhões

As discussões sobre a Medida Provisória 579 já afetam os papéis das elétricas listadas na bolsa brasileira. De acordo com levantamento feito pela Economatica, o setor de energia elétrica, composto por 33 empresas, é o mais afetado no ano, com perdas que já somam R$26,9 bilhões. Por empresa, as maiores perdas de valor de mercado no ano são da Eletrobras (R$9,2bilhões), seguido pela Cesp (R$ 3,8 bilhões) e CPFL Energia (R$ 3,5 bilhões). 

Desde que a MP 579 teve início, no dia 12de setembro, os papéis da Cemig apresentam uma leve alta de 0,91%. Djalma Bastos de Morais, presidente da empresa informou que “a Cemig acredita que as medidas adotadas pelo governo federal para redução das tarifas de energia elétrica são fundamentais para o crescimento do País e benefício de todos os brasileiros”. 

O executivo destaca que a empresa informou à Aneel a adesão integral para a renovação das suas quatro concessões de distribuição, mas alertou que com relação aos ativos de transmissão e geração de energia, aderiu a proposta da MP, com ressalvas. “Em todos os requerimentos, um para cada usina, foram incluídas ressalvas que garantem à Cemig a possibilidade de não assinar o contrato se julgar que é do seu interesse”, destacou o executivo que também informou que não solicitou a renovação da concessão das usinas São Simão, Jaguara e Miranda. “Optamos por continuar com esses ativos até o término de cada concessão nas mesmas condições vigentes antes da edição da MP 579”, completa. 

Já a Copel, que acumula perdas de0,96% em seus ativos, in-formou ontem que protocolou junto à Aneel o pedido de prorrogação para os segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia com vencimento até 2015. A Emae, a mais penalizada na bolsa, com perdas que totalizam19,55%, pediu a renovação das suas hidrelétricas na semana passada, assim como CPFL Energia e Cesp. (Brasil Econômico)

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