A perspectiva de desempenho mais fraco da indústria nacional neste ano pode prejudicar o equilíbrio entre oferta e demanda de energia no país. Especialistas já consideram a hipótese de haver oferta maior que a demanda nos próximos anos, cenário que, no entanto, não resultará em queda nos preços da energia para os consumidores.
Esse descompasso na indústria ocorre devido justamente aos altos preços das tarifas — que afetam o ritmo de recuperação da atividade industrial, especialmente em setores que dependem de custos de energia mais baixos para sobreviver, a exemplo do químico, de aço e de alumínio. Além do preço da energia, empresas desses segmentos estão sofrendo também com a crise internacional e com o câmbio favorável às importações que concorrem o produto nacional.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Paulo Pedrosa, a perda de competitividade ameaça impedir a indústria de cumprir o seu papel no consumo da energia que já está contratada e disponível. “A previsão de expansão da capacidade de geração do país está inflada, acima do que o mercado vai crescer”, afirma.
Há ainda a ameaça de novos encerramentos de atividades industriais com o fim de contratos antigos de fornecimento de energia que possuem preços mais baixos do que os atuais. Segundo o gerente de regulação e tarifa de mercado da Andrade & Canelas, Ricardo Savoia, o ritmo da expansão do consumo industrial pode ainda ser menor neste ano diante de perspectivas de novos fechamentos de unidades industriais em 2012. “Assim que esses contratos vencerem a atividade dessas unidades será comprometida”, diz.
No ano passado, a capacidade instalada de geração de energia no Brasil chegou a 117.134,72 megawatts (MW), o que representa um crescimento de 4% em relação a 2010, segundo relatório de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por outro lado, o consumo industrial teve um aumento de apenas 2,3% em relação ao ano anterior, resultado abaixo da média de 3,6% do crescimento no consumo geral de 2011. Embora a utilização residencial e comercial tenham tido melhores desempenhos — 4,6% e 6,3%, respectivamente — a indústria é responsável por quase metade do consumo energético do país.
Esse descompasso na indústria ocorre devido justamente aos altos preços das tarifas — que afetam o ritmo de recuperação da atividade industrial, especialmente em setores que dependem de custos de energia mais baixos para sobreviver, a exemplo do químico, de aço e de alumínio. Além do preço da energia, empresas desses segmentos estão sofrendo também com a crise internacional e com o câmbio favorável às importações que concorrem o produto nacional.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Paulo Pedrosa, a perda de competitividade ameaça impedir a indústria de cumprir o seu papel no consumo da energia que já está contratada e disponível. “A previsão de expansão da capacidade de geração do país está inflada, acima do que o mercado vai crescer”, afirma.
Há ainda a ameaça de novos encerramentos de atividades industriais com o fim de contratos antigos de fornecimento de energia que possuem preços mais baixos do que os atuais. Segundo o gerente de regulação e tarifa de mercado da Andrade & Canelas, Ricardo Savoia, o ritmo da expansão do consumo industrial pode ainda ser menor neste ano diante de perspectivas de novos fechamentos de unidades industriais em 2012. “Assim que esses contratos vencerem a atividade dessas unidades será comprometida”, diz.
No ano passado, a capacidade instalada de geração de energia no Brasil chegou a 117.134,72 megawatts (MW), o que representa um crescimento de 4% em relação a 2010, segundo relatório de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por outro lado, o consumo industrial teve um aumento de apenas 2,3% em relação ao ano anterior, resultado abaixo da média de 3,6% do crescimento no consumo geral de 2011. Embora a utilização residencial e comercial tenham tido melhores desempenhos — 4,6% e 6,3%, respectivamente — a indústria é responsável por quase metade do consumo energético do país.
Preço não muda - Ainda que sobre energia no país nos próximos anos, Pedrosa afirma que a sociedade não colherá os benefícios disso. Pelas regras do sistema elétrico, as distribuidoras podem repassar o mesmo preço da energia aos consumidores ainda que tenha sobrado até 3% do total da energia fornecida pelas geradoras. “O governo trabalha sempre com a perspectiva de não faltar energia e isso tem um custo. É como um seguro. O problema é da sobra tornar o custo deste seguro mais elevado do que de fato é necessário”, afirma. A solução seria retomar o ritmo de consumo para evitar perdas de energia.
No início deste ano, a EPE revisou para baixo as projeções de consumo de energia para os próximos dez anos, admitindo desaceleração do setor de alumínio. O crescimento do consumo industrial deverá ser de 4,4% ao ano segundo as estimativas, apenas 0,1 ponto percentual abaixo da média geral de ampliação do consumo definida em 4,5%. Segundo Savoia, a previsão ainda pode ser considerada otimista demais tendo em vista as previsões de crescimento do PIB industrial, entre 2% e 3% para este ano. Procurada, a EPE não atendeu a reportagem. (Brasil Econômico)
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