terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Pinga-Fogo Setor Elétrico: MME, Iberdrola/Neoenergia e Belo Monte

País deve ganhar mais 7.600 MW de energia em 2012, diz ministério 
O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, disse ontem (23) que a previsão do governo é que devem entrar em operação no país em 2012 empreendimentos capazes de gerar novos 7.600 MW (megawatts) de energia elétrica, entre eles parte da usina de Santo Antônio, em Porto Velho (RO). Atualmente, a potência instalada no país é de 117 mil MW, incluindo geração hidrelétrica, eólica e térmica. No ano passado, ainda de acordo com Grüdtner, entraram em operação 4.200 MW de geração. No setor de transmissão, devem ser construídos, de acordo com previsão do governo, 5.100 quilômetros de novas linhas. Em todo o ano passado, entraram em funcionamento no país 2.984 quilômetros de linhas de transmissão de energia. (Gazetaweb) 

Iberdrola oferece R$ 6 bi por fatia na Neoenergia 
A Iberdrola SA fez uma oferta de aproximadamente R$ 6 bilhões para ampliar sua participação na Neoenergia SA de 39% para 75 %, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto. Baseada em Bilbao, na Espanha, a Iberdrola espera que a oferta seja suficiente para concluir as conversas com o Banco do Brasil SA e a Previ, os vendedores, disse a fonte, que pediu para não ser identificada porque as discussões são privadas. As conversas ocorrem há mais de um ano. A presidente Dilma Rousseff está analisando a proposta da Iberdrola e precisa aprová-la para o negócio poder seguir adiante, teria acrescentado a fonte. A Neoenergia, uma empresa baseada no Rio de Janeiro que distribui energia nos Estados da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, tinha cerca de R$ 3,7 bilhões em caixa e lucros retidos de R$ 5,2 bilhões em 30 de setembro de 2011, segundo relatório da empresa. 
Banco do Brasil, Iberdrola, Previ e o gabinete da presidente Dilma Roussef não comentaram. 

Consórcio europeu revê projeto de Belo Monte 
O consórcio de fornecedores de turbinas de hidrelétricas formado pelas empresas europeias Alstom, Andritz e Voith também está tendo que renegociar certos aspectos técnicos da turbina que vai ser fornecida para Belo Monte. O consórcio Norte Energia pediu que fossem feitas algumas alterações no projeto das máquinas que podem significar um aumento de custo para os fornecedores. A principal diferença está no diâmetro das engrenagens da turbina. A Eletrobras pediu para que o diâmetro fosse maior, pois entende que geraria instabilidade na turbina com a proposição feita pelas empresas. Isso gera custo de algumas dezenas de milhões a mais em cada turbina. O problema é que o contrato assinado entre as duas empresas não tinha estas especificidades previstas. Basicamente, pelo contrato assinado, os fornecedores garantem performance e depois apresentam a turbina que entendem necessária para garantir a produtividade. Por enquanto, os fornecedores e o Norte Energia estão apenas negociando a parte técnica sem alterar valores de contrato e tentam chegar a bom termo. Segundo fonte próxima à empresa, entretanto, o consórcio fornecedor terá em princípio uma perda. A usina de Belo Monte terá ainda como fornecedor a empresa argentina Impsa, que desenvolve projeto à parte do consórcio europeu. O fornecimento de equipamentos para Belo Monte vai custar cerca de R$ 6 bilhões. A concessionária Norte Energia não quis comentar o assunto e informou que apenas detalhes técnicos estão sendo negociados. (Valor Econômico)



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