A Cteep, controlada pelo grupo colombiano Isa, pretende continuar com os aportes no País e, para isso, prepara investimentos de R$1 bilhão para este ano. Dentro dos planos, consta ainda a emissão de R$ 500 milhões em debêntures ou notas promissórias - a opção ainda será definido pelos executivos da companhia. A informação foi divulgada pelo presidente da Cteep, Cesar Ramirez, nesta segunda-feira (23/1), durante a inauguração da subestação Piratininga II , em São Paulo.
Atuando no Brasil há pouco mais de cinco anos, o Grupo Isa projeta participar também de leilões de linhas de transmissão e realizar novas aquisições na área de geração. “Atuar no setor de eletricidade de um País é sério, principalmente no Brasil, que ocupa a sexta posição entre os mais importantes em desenvolvimento no mundo", avalia o CEO da Isa, Luiz Fernando Alarcón.
Segundo o executivo, a Isa estuda a possibilidade de disputar linhas complexas, como as das usinas do rio Teles Pires, mas para isso, aguarda a publicação do edital. “Alinhamos a expertise da Isa no setor elétrico brasileiro, crescemos em faturamento e, por isso, para 2012, vamos seguir”, completa.
Diante dos resultados, a empresa foca também em novos negócios estruturantes para o País: a concessão de rodovias. “Uma estratégia importante foi participar dos leilões de transmissão. Com essa conquista, foi possível crescer, dar confiabilidade ao setor elétrico e somar investimentos de R$3 bilhões. Por isso, estamos analisando outros projetos, no setor de rodovias”, revela.
Linhão do Madeira - O presidente da Cteep, Cesar Ramirez, afirma que a linha de transmissão que vai escoar a energia das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio - o Linhão do Madeira - vai entrar em operação em dezembro de 2012. "Os trabalhos estão avançando conforme esse planejamento. Os problemas ambientais já estão resolvidos", explica.
A data representa um atraso de dez meses em relação ao cronograma estabelecido na época da licitação do empreendimento. "As dificuldades são de licença ambiental, prévias e de instalação, que estão atrapalhando um pouco", lamenta Ramirez. A Cteep é majoritária na IEMadeira, responsável pelo projeto, que ainda tem como sócias Furnas e Chesf.
Novas subestações - Um dos empreendimentos mais importantes da Cteep foi inaugurado nesta segunda-feira (23/1) - a subestação Piratininga II. A obra, que recebeu investimento de R$ 130 milhões, é a quinta de um total de sete que serão construídas pela empresa e servirá de reforço para dar melhoria e confiabilidade ao sistema.
"Com toda essa carga, a Piratininga II tem capacidade para garantir energia elétrica para 265 mil unidades consumidoras. Ou, melhor traduzindo: energia suficiente para abastecer uma cidade do porte de Campinas, uma das maiores do Estado de São Paulo”, disse o diretor de operações da Cteep, Celso Cerchiari.
A obra, construída em tempo recorde pela Cteep - apenas 10 meses- servirá como reforço da subestação Bandeirantes, importante para a Zona Sul. Além disso, a empresa prevê para fevereiro a entrega da subestação Jandira e, já no segundo semestre, a unidade de Atibaia.
“Todos esses nossos esforços para a entrega das sete unidades têm como objetivo garantir o abastecimento de energia elétrica com confiabilidade e, ao mesmo tempo, dar sequência a ao nosso plano de investimentos para os próximos dez anos. Sem esquecer também que São Paulo vai receber eventos importantes, como a Copa das Confederações e Copa do Mundo”, comenta Cerchiari.
Em 2011, entre investimentos em reforços e melhorias de subestações, a Cteep somou R$770 milhões. A sete novas subestações somam R$546 milhões em aportes e um acréscimo de 4.400 MVA em capacidade de transformação. (Jornal da Energia)
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