O sétimo e último leilão de energia de 2011 alcançou deságio de 8,77% em relação ao preço inicial do pregão. O preço médio de venda de energia dos empreendimentos participantes foi R$ 102,18 por megawatt-hora (MWh). Foram contratados 555,2 megawatts de 42 empreendimentos: uma usina hidrelétrica (São Roque, em Santa Catarina); 39 geradoras eólicas nos estados da Bahia, do Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul; e duas usinas térmicas movidas à biomassa (em São Paulo e Goiás). O valor total dos investimentos do leilão será R$ 4,3 bilhões.
“A surpresa positiva foi o forte deságio que teve a [energia a ser gerada por] São Roque, o que mostra a importância do processo de leilão. São Roque é uma usina que, graças à competição, está saindo com um preço de usina de Região Norte, sendo usina na Região Sul”, disse o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim. O preço de venda de energia da Usina São Roque, administrada pela empresa Desenvix, foi R$ 91,20 por MWh, deságio de 25,9% em relação ao preço inicial (R$123 por MWh).
De negativo, a falta de investidores interessados na licitação das três hidrelétricas do Rio Parnaíba (Estreito Parnaíba, Castelhano e Cachoeira). As usinas, que foram licitadas simultaneamente, não receberam propostas. “Elas têm o problema de serem usinas de baixa capacidade do ponto de vista energético. Mas trariam uma série de benefícios, já que estão numa região muito pobre. A licitação exige, por exemplo, que seja mantida a renda da população até ela ser realocada. Em termos sociais, é importante, mas, em termos de custo, [as exigências] acabam tornando a usina cara”, explicou Tomasquim.
Das 42 usinas licitadas, 39 são eólicas - que vão vender a energia gerada por um preço médio de R$ 105,02 MWh -, duas alimentadas por biomassa - preço médio de R$ 103,06 por MWh - além da Hidrelétrica São Roque. O início do fornecimento da energia contratada no leilão está previsto para 1º de janeiro de 2016. O contrato com São Roque sterá prazo de 30 anos. As demais usinas vão contratar a venda da energia por 20 anos.
As distribuidoras que mais compraram energia foram a goiana Celg D, com 14,2 mil gigawatt-hora (GWh), a paulista Eletropaulo (11,4 mil GWh) e a catarinese Celesc Dist (10,04 mil GWh). (Agência Brasil)
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