quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Pinga-Fogo Setor Elétrico: ANEEL, CCEE, Neoenergia e Belo Monte

Valor da tarifa de Itaipu é mantido pela ANEEL até 31/01/2012
A Aneel decidiu ontem (20/12) manter a tarifa de repasse de potência da usina Itaipu Binacional em U$24,88 dólares por quilowatt ao mês (/kW.mês), mesmo valor de dezembro de 2011, até 31/01/2012. A Agência fará o cálculo para o período de fevereiro a dezembro de 2012 assim que a Eletrobrás informar o custo unitário do serviço de eletricidade de Itaipu Binacional. A empresa é responsável pela comercialização da energia da usina.A tarifa de repasse de usina é aplicada à prestação dos serviços de eletricidade, sendo custeada pelas 30 distribuidoras cotistas para aquisição de energia da hidrelétrica, localizadas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Leilão realizado pela Aneelcomercializa energia de 42 usinas
O leilão nº 07/2011 (A-5) promovido ontem (20/12) pela Aneel na sede da CCEE terminou com a contratação de 555,2 megawatts médios (MWm) de 42 empreendimentos. A potência total das usinas licitadas representa 1.211,5 megawatts (MW), com 612,5 MW médios de garantia física. O preço médio de venda de energia desses empreendimentos foi de R$ 102,18 por MWh (reais por megawatt-hora), que representou um deságio de 8,77% e uma economia de mais de R$ 1 bilhão em relação aos preços iniciais do leilão. O valor total dos investimentos do leilão será de R$ 4,3 bilhões. O preço de venda de energia do produto por quantidade (UHE São Roque) foi de R$ 91,20 por megawatt-hora, com deságio de 25,9% em relação ao preço inicial de R$123/MWh. Para o produto por disponibilidade (usinas eólicas e térmicas à biomassa), o preço médio foi de R$ 105,02/MWh, com deságio médio de 6,2% em relação ao preço-teto, de R$ 112/MWh. O início do suprimento desses empreendimentos contratados está previsto para 1º de janeiro de 2016, com o fechamento de Contratos de Comercialização de Energia em Ambiente Regulado (CCEAR) nas modalidades por quantidade de energia para a UHE São Roque, com prazo de duração de 30 anos, e por disponibilidade, com duração de 20 anos para as demais usinas. Veja aqui o resultado do leilão.

Neoenergia prevê investir R$ 3,8 bilhões em 2012
A Neoenergia anunciou que investirá R$ 3,8 bilhões em 2012, um aumento de 81% em relação a este ano. O principal foco de destinação dos recursos será na ampliação e na melhoria da qualidade da rede de distribuição na região onde detém concessões e na diversificação de fontes de energia limpas, como a geração hidráulica e eólica. Por meio de nota, a Neoenergia informou que aprovou um orçamento de R$ 1,9 bilhão para distribuição de energia, sendo R$ 804 milhões na ligação de 400 mil novos clientes e expansão da rede com a construção de 10 novas subestações; R$ 571 milhões no Programa Luz Para Todos de eletrificação rural, com a ligação de 25 mil novos consumidores rurais; R$ 413 milhões na manutenção da qualidade da rede existente; e R$ 76 milhões na melhoria de infraestrutura. Em geração, os investimentos em 2012 vão somar outros R$ 1,9 bilhão. O orçamento vai se concentrar na ampliação de seu parque gerador. Além dos 1.588 MW em operação, estão em construção as usinas hidrelétricas de Teles Pires (1.820 MW), onde a Neoenergia tem 50,1% de participação, e Belo Monte (11.233 MW), com participação de 10%. O Grupo arrematou ainda em leilão de transmissão a concessão para instalação da subestação de 230/69 kV Extremoz, com valor de investimento previsto de R$ 22 milhões. (Agência Estado)

Ambientalistas vão ao planalto para tratar de Belo Monte
Representantes de movimentos sociais contra a contrução da usina hidrelétrica de Belo Monte reuniram-se nesta terça-feira com os ministros da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e de Minas e Energia, Edison Lobão, para apresentar argumentos contra a obra. Sem apresentar dados técnicos, o que deverá ser feito em fevereiro, em outra reuião, os ambientalistas saíram acreditando num saldo positivo do encontro, embora os representantes do governo tenham deixado claro que Belo Monte irá sair porque á licitação já foi feita, a empresa contratada e a Justiça autorizou.Eles entregaram aos ministros sete blocos com 2 mil folhas de jornal que simbolizam as 1,350 milhão de assinaturas que teriam colhido contra o empreendimento. Os ministros reafirmaram que nenhum índio será afetado com a obra, mas eles discordaram, dizendo que serão prejudicados por parte do rio pode secar.-O governo está certo que Belo Monte é um bom negócio. Eles disseram que parar Belo Monte é impossível porque já tem contrato, investimento feito e que o Brasil precisa de energia. Além disso, afirmaram que o projeto já foi muito discutido, o que discordamos - disse Sérgio Marone,um dos participantes do encontro. (O Globo)

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