O Conselho de Ministros de Portugal anunciou nesta quinta-feira (22/12) o resultado do processo de venda da participação do governo na elétrica EDP. A chinesa Three Gorges Corporation foi a vencedora da disputa e comprará 21,35% do capital social da companhia por um preço global de 2,69 bilhões de euros.
A venda, que envolve 780,6 milhões de ações da empresa de energia portuguesa, incorpora um prêmio de 53,6% em relação ao valor de mercado da EDP em 21 de dezembro. O capital social da companhia era de 2 bilhões. Segundo informação do Conselho de Ministros à Parpública, que administrou o processo de venda dos papéis, a oferta dos chineses atendeu "ao maior mérito da respectiva proposta vinculativa", que traz "termos que satisfazem adequadamente o governo".
Em coletiva de imprensa, a secretária de Estado do Tesouro e das Finanças de Portugal, Maria Luís Albuquerque, preferiu não comentar os critérios que guiaram a escolha. "Não se trata de demérito das demais propostas. Trata-se de uma avaliação global. A proposta da Three Gorges financeiramente é a melhor de todas, o melhor preço, e nos outros aspectos também é uma boa proposta".
Questionada sobre como ficarão os investimentos no Brasil, a secretária disse que "a Three Gorges entra com a EDP em uma parceria 50%-50% em um negócio que já existe". Após consultar papéis, Maria Luís disse que não conseguiria dar mais detalhes ou explicações nesse momento, mas destacou que a matriz brasileira deve ganhar força. "(A parceria) permite à EDP, com esse reforço de capacidade de financiamento, aprofundar os investimentos no Brasil, dentro das áreas que ela já explora". A EDP Brasil hoje é controlada pelo Grupo EDP, que tem 51% da empresa. O restante dos papéis está no mercado.
As brasileiras Eletrobras e Cemig estavam na briga pela fatia na elétrica portuguesa, assim como a alemã E.ON. Nas últimas semanas, em meio ao processo de escolha do comprador, notícias na imprensa mostraram uma movimentação política em torno do assunto. A chanceler alemã Angela Merkel teria feito lobby pela E.On no negócio, enquanto o governo brasileiro atuou pelo lado da Eletrobras, que contava, inclusive, com uma proposta de financiamento de longo. (Jornal da Energia)
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