As empresas estatais geradoras de energia como Chesf, Eletronorte, Furnas e Eletrosul poderão entrar juntas ou isoladamente no leilão para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu no Pará, caso seja necessário para garantir a competição e o sucesso do mesmo. A informação foi dada há pouco pelo presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopez, que participou do Energy Summit 2009, em realização no Rio. Segundo Muniz, o projeto da usina, que terá 11.233 megawatts de capacidade é estratégico e um dos mais importantes para garantir o fornecimento de energia no médio e longo prazo no país. A usina exigirá investimentos da ordem de R$ 11 bilhões, o que para muitos poderá afastar o interesse de investidores privados.
- Esse projeto é o mais importante do setor elétrico do Brasil nos próximos anos, porque dará sustentabilidade ao atendimento de energia elétrica do país no médio e longo prazo. Então a Eletrobrás vai cumprir o que o governo determinar. Se para assegurar a competição se for importante que participe com quatro empresas, serão as quatro, se for com duas, será com duas, se for sozinha , vai sozinha - afirmou Lopes.
A Eletrobrás é a empresa holding do setor elétrico e tem como subsidiárias as maiores geradoras de energia do país (Chefs, Eletronorte, Furnas e Eletrosul, além da Eletronuclear, entre outras. Sua expectativa é que o leilão de Belo Monte se realize em outubro próximo.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, também presente ao evento, destacou a importância de Belo Monte, não apenas em termos de geração de energia, como em relação ao meio ambiente. Segundo Tolmasquim, para substituir a energia a ser gerada por Belo Monte seria necessário a construção de 19 usinas termelétricas a gás, cada uma com 500 MW de capacidade. Essas usinas, que tem bem menos emissões do que as térmicas a óleo, por exemplo, emitiriam nada menos do que 19 milhões de toneladas de CO2 por ano. Esse volume representa tudo o que foi emitido pelo sistema elétrico nacional em 2007.
- A região Norte é a fronteira hidrelétrica do país, é lá que vamos nos expandir e de uma forma sustentável, o que é possível. No último leilão de energia, 11 mil MW ofertados já com licença ambiental eram de usinas térmicas a óleo. Se tem uma grande dificuldade para obter licença ambiental para usinas hidrelétricas, e tem grande facilidade para obter licença para usinas a óleo. Estamos trabalhando para que isso se altere, para termos mais hidrelétricas - destacou Tolmasquim.
O presidente da EPE destacou que uma grande parte do potencial hidrelétrico está na Amazônia e é possível fazer seu aproveitamento sem criar maiores impactos ambientais. Atualmente 60% da Amazônia tem usos diversos, como agropecuária, agricultura, outros 25% são terras indígenas, e 16% são unidades de conservação. A ocupação por hidrelétricas, incluindo as já existentes ou as planejadas como as de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, representam apenas 0,25% do território. (O Globo)
Leia também:
* Aperto no setor elétrico
* Comissão rejeita projeto que prevê controle das agências reguladoras
* Câmara rejeita nova verba para o desenvolvimento energético
* Eletrobras prevê cenário mais amargo para distribuidoras após terceiro ciclo de revisão tarifária
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A Eletrobrás é a empresa holding do setor elétrico e tem como subsidiárias as maiores geradoras de energia do país (Chefs, Eletronorte, Furnas e Eletrosul, além da Eletronuclear, entre outras. Sua expectativa é que o leilão de Belo Monte se realize em outubro próximo.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, também presente ao evento, destacou a importância de Belo Monte, não apenas em termos de geração de energia, como em relação ao meio ambiente. Segundo Tolmasquim, para substituir a energia a ser gerada por Belo Monte seria necessário a construção de 19 usinas termelétricas a gás, cada uma com 500 MW de capacidade. Essas usinas, que tem bem menos emissões do que as térmicas a óleo, por exemplo, emitiriam nada menos do que 19 milhões de toneladas de CO2 por ano. Esse volume representa tudo o que foi emitido pelo sistema elétrico nacional em 2007.
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O presidente da EPE destacou que uma grande parte do potencial hidrelétrico está na Amazônia e é possível fazer seu aproveitamento sem criar maiores impactos ambientais. Atualmente 60% da Amazônia tem usos diversos, como agropecuária, agricultura, outros 25% são terras indígenas, e 16% são unidades de conservação. A ocupação por hidrelétricas, incluindo as já existentes ou as planejadas como as de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, representam apenas 0,25% do território. (O Globo)
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