O crescimento da oferta de gás natural no Brasil está criando oportunidades e desafios para novos aproveitamentos do combustível. Apesar da cogeração a partir do bagaço de cana-de-açúcar ser mais difundida no Brasil, a cogeração a partir do gás natural pode ser uma boa opção para o escoamento desse aumento da produção, além de permitir um melhor aproveitamento energético, reduzindo a energia gasta na produção das duas formas de energia, térmica e elétrica. A cogeração é a geração simultânea e combinada de energia térmica e energia elétrica ou motriz a partir de uma única fonte energética. A cogeração constitui-se uma das formas de geração distribuída (GD), geração elétrica realizada por pequenas unidades próximas ao consumo. A cogeração apresenta diversas vantagens tanto para o usuário quanto para o sistema elétrico.
Para o usuário, a cogeração pode reduzir os custos operacionais da energia utilizada nas empresas; pode gerar uma receita adicional com a venda de excedente de energia elétrica. Para o sistema elétrico, a cogeração aumenta a confiabilidade e estabilidade do sistema, diminuindo a dependência do parque gerador centralizado, mantendo reservas próximas aos centros de carga e reduzindo as falhas relacionadas a transmissão e distribuição. Principalmente na Europa e nos Estados Unidos, são concedidos incentivos para a cogeração.
Dentre os incentivos destacam-se: descontos no imposto de renda; programas de depreciação acelerada; obrigatoriedade de compra pelo sistema elétrico da energia excedente de cogeradores; tarifas especiais para venda de energia de cogeradores à rede; subsídios diretos e financiamentos subsidiados; certificados de cogeração transacionáveis e redução nas tarifas de gás natural para cogeração. O Brasil apresenta um percentual baixo do total da geração de energia elétrica proveniente de cogeração, quando comparado com outros países do mundo. Entretanto, com desenvolvimento do setor sucroalcooleiro e da produção de gás natural, principalmente oriundo do pré-sal, esse percentual tende a aumentar. Ainda faltam políticas governamentais e ações indutoras permanentes de incentivo a cogeração a gás natural.
O setor ainda esbarra em diversas barreiras, sendo a principal, a não obrigatoriedade das distribuidoras comprarem energia de geração distribuída e, quando o fazem, o preço pago pela energia é geralmente baixo. Outro ponto levantado pelos agentes do setor é a incerteza quanto aos preços futuros do gás natural. Ao considerar um quadro de aumento da produção de gás natural e uma provável oferta superavitária, seria racional a adoção de políticas governamentais que encarem a geração distribuída como complemento para a geração centralizada. Sendo assim, para o desenvolvimento da cogeração a gás natural no Brasil, faz-se necessário à ampliação da infraestrutura de distribuição de gás natural e a permanência de políticas de incentivos de longo prazo. Autor: Adriano Pires - Diretor do Centro Brasileiro de InfraEstrutura (Brasil Econômico)
Para o usuário, a cogeração pode reduzir os custos operacionais da energia utilizada nas empresas; pode gerar uma receita adicional com a venda de excedente de energia elétrica. Para o sistema elétrico, a cogeração aumenta a confiabilidade e estabilidade do sistema, diminuindo a dependência do parque gerador centralizado, mantendo reservas próximas aos centros de carga e reduzindo as falhas relacionadas a transmissão e distribuição. Principalmente na Europa e nos Estados Unidos, são concedidos incentivos para a cogeração.
Dentre os incentivos destacam-se: descontos no imposto de renda; programas de depreciação acelerada; obrigatoriedade de compra pelo sistema elétrico da energia excedente de cogeradores; tarifas especiais para venda de energia de cogeradores à rede; subsídios diretos e financiamentos subsidiados; certificados de cogeração transacionáveis e redução nas tarifas de gás natural para cogeração. O Brasil apresenta um percentual baixo do total da geração de energia elétrica proveniente de cogeração, quando comparado com outros países do mundo. Entretanto, com desenvolvimento do setor sucroalcooleiro e da produção de gás natural, principalmente oriundo do pré-sal, esse percentual tende a aumentar. Ainda faltam políticas governamentais e ações indutoras permanentes de incentivo a cogeração a gás natural.
O setor ainda esbarra em diversas barreiras, sendo a principal, a não obrigatoriedade das distribuidoras comprarem energia de geração distribuída e, quando o fazem, o preço pago pela energia é geralmente baixo. Outro ponto levantado pelos agentes do setor é a incerteza quanto aos preços futuros do gás natural. Ao considerar um quadro de aumento da produção de gás natural e uma provável oferta superavitária, seria racional a adoção de políticas governamentais que encarem a geração distribuída como complemento para a geração centralizada. Sendo assim, para o desenvolvimento da cogeração a gás natural no Brasil, faz-se necessário à ampliação da infraestrutura de distribuição de gás natural e a permanência de políticas de incentivos de longo prazo. Autor: Adriano Pires - Diretor do Centro Brasileiro de InfraEstrutura (Brasil Econômico)
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