A Cemig deve apresentar em um mês uma proposta final pela compra de uma fatia da empresa de energia de Portugal EDP. A estatal mineira encaminhou há algumas semanas uma carta manifestando seu interesse.
"Até o fim dezembro, temos de formular uma proposta vinculante", disse ontem o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla. A proposta vinculante é uma oferta de compra concreta com o valor final que a Cemig está disposta a desembolsar.
"Estamos em um processo de conversações com os gestores da empresa e com o governo português", disse Rolla durante encontro com jornalistas em Belo Horizonte, quando comentou os resultados da estatal mineira no terceiro trimestre. Pressionado por um programa de ajuste fiscal, o governo de Portugal quer encerrar esse processo de venda da EDP ainda este ano.
Antes de formalizar a proposta final, a Cemig deve apresentar, no início de dezembro, a Lisboa uma proposta chamada de não vinculante - ainda passível de revisões, disse a assessoria da empresa.
A Cemig não informa quais são as cifras da negociação. Mas, segundo Rolla, o que ajudará a empresa a adquirir os ativos da EDP - se sua proposta for escolhida - é a decisão do governo de Minas Gerais de quitar dívida que tem com a estatal desde o fim dos anos 90.
Como informou o Valor na edição do dia 14, o governo de Antônio Anastasia (PSDB) está abrindo um processo para chamar bancos estrangeiros para discutir um empréstimo que permita que o Estado pague a dívida que tem com a Cemig. A dívida está hoje em R$ 5,6 bilhões.
"Para a Cemig, [a quitação da dívida] facilita no financiamento da compra da EDP, não tenha dúvida", disse Rolla. "Agora, a questão é que não há sincronia entre os dois eventos", a proposta de compra da EDP e a quitação da dívida por parte do Estado mineiro.
A Cemig, segundo o executivo, se interessa pela EDP por causa dos ativos que a empresa tem no Brasil no segmento de distribuição e também por seu conhecimento em energia eólica, que poderia ser mais bem explorado no país. "É uma oportunidade de investimento que se encaixa na nossa visão estratégica, não um investimento para se realizar no curto prazo, como foi com a Light e com a Taesa ", disse Rolla, durante teleconferência com investidores pela manhã.
A Cemig voltou a criticar ontem a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de reduzir a remuneração das distribuidoras de energia. O chamado terceiro ciclo de revisão tarifária foi aprovado pela diretoria da agência na semana passada e prevê uma redução da taxa de remuneração do capital investido pelas concessionárias de 9,95% para 7,5%.
"A redução da remuneração impacta na questão dos investimentos. Nós vamos atravessar uma fase complicada, porque há uma série de investimentos que vão ser feitos para a Copa e uma redução na disponibilidade dos recursos para investir é muito preocupante", disse Rolla.
A Cemig teve um lucro líquido consolidado de R$ 657,2 milhões no terceiro trimestre, uma ligeira redução de 0,37% em relação ao mesmo período do ano passado. O que pesou no resultado foi um prejuízo financeiro de R$ 293,7 milhões (75,7% maior que o registrado no terceiro trimestre de 2011. O aumento se deveu a empréstimos e financiamentos e a perdas com a variação cambial.
A receita operacional líquida teve alta de 10,7%, indo a R$ 4,4 bilhões e a geração de caixa da empresa cresceu 21%, fechando o trimestre em R$ 1,5 bilhão. (Valor Econômico)
"Até o fim dezembro, temos de formular uma proposta vinculante", disse ontem o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla. A proposta vinculante é uma oferta de compra concreta com o valor final que a Cemig está disposta a desembolsar.
"Estamos em um processo de conversações com os gestores da empresa e com o governo português", disse Rolla durante encontro com jornalistas em Belo Horizonte, quando comentou os resultados da estatal mineira no terceiro trimestre. Pressionado por um programa de ajuste fiscal, o governo de Portugal quer encerrar esse processo de venda da EDP ainda este ano.
Antes de formalizar a proposta final, a Cemig deve apresentar, no início de dezembro, a Lisboa uma proposta chamada de não vinculante - ainda passível de revisões, disse a assessoria da empresa.
A Cemig não informa quais são as cifras da negociação. Mas, segundo Rolla, o que ajudará a empresa a adquirir os ativos da EDP - se sua proposta for escolhida - é a decisão do governo de Minas Gerais de quitar dívida que tem com a estatal desde o fim dos anos 90.
Como informou o Valor na edição do dia 14, o governo de Antônio Anastasia (PSDB) está abrindo um processo para chamar bancos estrangeiros para discutir um empréstimo que permita que o Estado pague a dívida que tem com a Cemig. A dívida está hoje em R$ 5,6 bilhões.
"Para a Cemig, [a quitação da dívida] facilita no financiamento da compra da EDP, não tenha dúvida", disse Rolla. "Agora, a questão é que não há sincronia entre os dois eventos", a proposta de compra da EDP e a quitação da dívida por parte do Estado mineiro.
A Cemig, segundo o executivo, se interessa pela EDP por causa dos ativos que a empresa tem no Brasil no segmento de distribuição e também por seu conhecimento em energia eólica, que poderia ser mais bem explorado no país. "É uma oportunidade de investimento que se encaixa na nossa visão estratégica, não um investimento para se realizar no curto prazo, como foi com a Light e com a Taesa ", disse Rolla, durante teleconferência com investidores pela manhã.
A Cemig voltou a criticar ontem a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de reduzir a remuneração das distribuidoras de energia. O chamado terceiro ciclo de revisão tarifária foi aprovado pela diretoria da agência na semana passada e prevê uma redução da taxa de remuneração do capital investido pelas concessionárias de 9,95% para 7,5%.
"A redução da remuneração impacta na questão dos investimentos. Nós vamos atravessar uma fase complicada, porque há uma série de investimentos que vão ser feitos para a Copa e uma redução na disponibilidade dos recursos para investir é muito preocupante", disse Rolla.
A Cemig teve um lucro líquido consolidado de R$ 657,2 milhões no terceiro trimestre, uma ligeira redução de 0,37% em relação ao mesmo período do ano passado. O que pesou no resultado foi um prejuízo financeiro de R$ 293,7 milhões (75,7% maior que o registrado no terceiro trimestre de 2011. O aumento se deveu a empréstimos e financiamentos e a perdas com a variação cambial.
A receita operacional líquida teve alta de 10,7%, indo a R$ 4,4 bilhões e a geração de caixa da empresa cresceu 21%, fechando o trimestre em R$ 1,5 bilhão. (Valor Econômico)
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