O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou nesta segunda-feira (31/10) o volume de desembolsos dos últimos nove meses de 2011. No total foram R$ 91,8 bilhões, resultado moderado e já esperado pelo banco de fomento, que calibrou algumas linhas e reduziu na média seu nível de participação máxima nos financiamentos. Essa moderação também acompanha o comportamento observado nos indicadores gerais da economia brasileira.
No período, a infraestrutura liderou os desembolsos. Para este setor, foram destinados R$ 38 bilhões no período, 41% do total liberado pelo banco. O setor de energia elétrica recebeu R$ 9,7 bilhões, volume ainda inferior aos R$ 13,6 bilhões liberados para a área em 2010. Ao longo de cinco anos, o maior valor que o banco liberou para o setor elétrico foi em 2009, em meio à crise econômica mundial - R$ 14,1 bilhões.
Para o transporte rodoviário foram R$ 19,7 bilhões e ferroviário R$ 1,1 bilhão, destaques no segmento de infraestrutura, onde estão listados projetos estruturantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Em relação ao desembolso do mesmo período do ano passado, de R$ 128 bilhões, houve queda de 28%. No acumulado dos nove primeiros meses de 2010, o desempenho do BNDES foi fortemente influenciado pela operação de capitalização da Petrobras, no valor de R$ 24,7 bilhões, realizada em setembro de 2010, e por grandes projetos do setor hidrelétrico. Excluindo-se a operação de Petrobras, a queda dos desembolsos nos nove primeiros meses do ano foi de 11,1%.
O período entre janeiro e setembro de 2010 também foi marcado por uma forte atuação do BNDES na concessão de financiamentos ao setor de máquinas e equipamentos, com redução de juros e aceleração na concessão de crédito. Estes fatores contribuíram para elevar a base de comparação em relação a 2011.
Em 2011, foram introduzidas mudanças no Programa de Sustentação do Investimento (BNDES PSI), que ocasionaram uma redução de desembolsos, consultas e aprovações do banco neste ano. O programa foi prorrogado em abril último, com taxas de juros mais elevadas. Com isso, os desembolsos do PSI foram de R$ 33,7 bilhões entre janeiro e setembro de 2011, contra R$ 50,9 bilhões no mesmo período do ano passado (queda de 34%).
O PSI foi criado em julho de 2009 para fazer frente à crise financeira internacional e teve sucesso em manter os investimentos em curso durante um período de escassez de crédito. Com as alterações nas condições do programa, seus efeitos sobre a demanda por financiamentos já eram esperados. Além do aumento das taxas do PSI, o BNDES reduziu seu nível de participação nos financiamentos sobre o total dos investimentos, o que da mesma forma contribui para a moderação dos indicadores.
O banco também diz que está atuando em conjunto com o setor financeiro privado para que este amplie sua participação no financiamento de longo prazo. Estas ações devem contribuir em uma estabilização do papel do BNDES sobre a oferta de crédito, e já há sinais de crescimento do peso do mercado de capitais no financiamento ao investimento. O valor das emissões de debêntures e ofertas primárias de ações já atingiu R$ 73,4 bilhões neste ano, um crescimento de 70,1% em relação à cifra do ano passado, de acordo com dados da Anbima. (Jornal da Energia)
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No período, a infraestrutura liderou os desembolsos. Para este setor, foram destinados R$ 38 bilhões no período, 41% do total liberado pelo banco. O setor de energia elétrica recebeu R$ 9,7 bilhões, volume ainda inferior aos R$ 13,6 bilhões liberados para a área em 2010. Ao longo de cinco anos, o maior valor que o banco liberou para o setor elétrico foi em 2009, em meio à crise econômica mundial - R$ 14,1 bilhões.
Para o transporte rodoviário foram R$ 19,7 bilhões e ferroviário R$ 1,1 bilhão, destaques no segmento de infraestrutura, onde estão listados projetos estruturantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Em relação ao desembolso do mesmo período do ano passado, de R$ 128 bilhões, houve queda de 28%. No acumulado dos nove primeiros meses de 2010, o desempenho do BNDES foi fortemente influenciado pela operação de capitalização da Petrobras, no valor de R$ 24,7 bilhões, realizada em setembro de 2010, e por grandes projetos do setor hidrelétrico. Excluindo-se a operação de Petrobras, a queda dos desembolsos nos nove primeiros meses do ano foi de 11,1%.
O período entre janeiro e setembro de 2010 também foi marcado por uma forte atuação do BNDES na concessão de financiamentos ao setor de máquinas e equipamentos, com redução de juros e aceleração na concessão de crédito. Estes fatores contribuíram para elevar a base de comparação em relação a 2011.
Em 2011, foram introduzidas mudanças no Programa de Sustentação do Investimento (BNDES PSI), que ocasionaram uma redução de desembolsos, consultas e aprovações do banco neste ano. O programa foi prorrogado em abril último, com taxas de juros mais elevadas. Com isso, os desembolsos do PSI foram de R$ 33,7 bilhões entre janeiro e setembro de 2011, contra R$ 50,9 bilhões no mesmo período do ano passado (queda de 34%).
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O banco também diz que está atuando em conjunto com o setor financeiro privado para que este amplie sua participação no financiamento de longo prazo. Estas ações devem contribuir em uma estabilização do papel do BNDES sobre a oferta de crédito, e já há sinais de crescimento do peso do mercado de capitais no financiamento ao investimento. O valor das emissões de debêntures e ofertas primárias de ações já atingiu R$ 73,4 bilhões neste ano, um crescimento de 70,1% em relação à cifra do ano passado, de acordo com dados da Anbima. (Jornal da Energia)
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