terça-feira, 11 de outubro de 2011

Mercado de microgeração eólica vai dobrar até 2015, prevê estudo

O negócio de microgeração de energia por miniturbinas eólicas, que hoje envolve investimentos globais de cerca de US$255 milhões, dará um salto nos próximos anos. A consultoria Pike Research divulgou um estudo segundo o qual o mercado do segmento deve dobrar, chegando a US$634 milhões anuais em 2015. No mesmo período, a potência somada à rede por essas instalações deve triplicar e chegar a 152MW por ano.

Com o desenvolvimento do mercado, a Pike acredita que os sistemas de microgeração também terão os custos reduzidos, chegando a um valor médio de US$4,150 por kilowatt. Segundo a Associação Americana de Energia Eólica (AWEA, na sigla em inglês), o custo atual desses módulos é de US$5,4 mil por kilowatt.

Para a consultoria responsável pelo levantamento, a fonte será impulsionada por incentivos governamentais, ganhos tecnológicos e pela vontade dos consumidores de ter maior controle sobre a energia por eles utilizada. Além disso, as pequenas turbinas também são apontadas como fator de desenvolvimento econômico para localidades rurais.

"O tempo de retorno do investimento em um pequeno sistema eólico pode ficar entre cinco e dez anos em uma região com ventos adequados", afirma o analista sênio Peter Asmus. "Essa economia providencia uma forte proposta de valor para uma variedade de aplicações industriais, comerciais e residenciais. Microturbinas eólicas hoje são mais eficientes que sistemas fotovoltaicos", conclui o especialista.

Ainda assim, Asmus alerta para o fato de que a fonte ainda não recebe as mesmas vantagens em financiamentos e modelos de negócios dados às células solares. A projeção da Pike leva em conta a adoção desses incentivos, com programas de leasing e terceirização da propriedade dos geradores.

Além disso, a consultoria acredita que muitos países devem adotar o pagamento de tarifas-prêmio (feed-in), ao mesmo tempo em que os custos cada vez maiores da eletricidade devem ajudar a convencer os consumidores a adotar a tecnologia. De acordo com a análise, as mini eólicas já estão mais perto da chamada "paridade tarifária" do que a geração fotovoltaica, sendo que, em localidades mais isoladas, como Hawaii e Alaska, a paridade já foi ou está muito próxima de ser alcançada. (Jornal da Energia)


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