A linha de transmissão que escoará a energia produzida pela hidrelétrica de Belo Monte deverá ser leiloada apenas no fim de 2012 ou início de 2013. A previsão é do diretor de estudos de energia elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), José Carlos Miranda. O mercado trabalhava com a expectativa de que a disputa aconteceria no primeiro semestre do ano que vem. Miranda explicou que a EPE está concluindo estudo sobre o empreendimento que será entregue ao Mistério de Minas e Energia até o início do ano que vem.
"Estão sendo definidas a seleção da tecnologia e a rota da linha", afirmou Miranda, que participou da Conferência APEx, realizada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no Rio de Janeiro.
Já para o leilão de A-5, que licitará empreendimentos com início de geração previsto para 2016, em 20 de dezembro, Miranda acredita que a usina Cachoeira Caldeirão, com 219 megawatts (MW) de potência, no rio Araguari, no Amapá, deverá ser a terceira hidrelétrica - das dez inscritas - confirmada para participar. De acordo com o diretor a usina recebeu terça-feira do órgão ambiental do Estado do Amapá a declaração de reserva de disponibilidade hídrica (DRDH) para participar a disputa. Miranda informou que a usina foi objeto de audiência pública terça-feira e está muito próxima de conseguir a licença prévia necessária para participar do leilão.
Até agora, apenas duas hidrelétricas conseguiram a licença prévia, Estreito Parnaíba, de 56 MW, e Cachoeira, de 63 MW, as duas no rio Parnaíba, e já têm participação garantida no A-5. O prazo limite para obtenção da licença prévia é 1º de dezembro, segundo Miranda.
O diretor destacou que as hidrelétricas são prioridade do governo. "[O governo] Está fazendo tudo para que sejam cumpridos os compromissos com o Ministério do Meio Ambiente e para que as hidrelétricas consigam as licenças dentro do prazo", afirmou. Miranda ressaltou que a licença precisa ser obtida sem que seja necessário alterar o projeto.
O baixo número de usinas hidrelétricas aprovadas para o A-5 até agora não preocupa Miranda. De acordo com o diretor, o Brasil dispõe de uma grande diversidade de fontes de energia. "A oferta [para o A-5] de eólica foi muito grande", exemplificou Miranda. A oferta de energia eólica para o leilão atingiu um total de 7.486 megawatts (MW), acima dos 2.100 MW ofertados pelas novas concessões de hidrelétricas.
Miranda avalia que há espaço para a redução dos preços negociados pela energia no A-5. O investimento em novas tecnologias, a vinda de fábricas para o país e o aumento da concorrência são os principais motivos levantados pelo executivo.
"É claro que haverá um limite. Mas acreditamos que haverá redução de custos", ponderou. (Valor Econômico)
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* Ministério Público defende fortalecimento das agências
"Estão sendo definidas a seleção da tecnologia e a rota da linha", afirmou Miranda, que participou da Conferência APEx, realizada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no Rio de Janeiro.
Já para o leilão de A-5, que licitará empreendimentos com início de geração previsto para 2016, em 20 de dezembro, Miranda acredita que a usina Cachoeira Caldeirão, com 219 megawatts (MW) de potência, no rio Araguari, no Amapá, deverá ser a terceira hidrelétrica - das dez inscritas - confirmada para participar. De acordo com o diretor a usina recebeu terça-feira do órgão ambiental do Estado do Amapá a declaração de reserva de disponibilidade hídrica (DRDH) para participar a disputa. Miranda informou que a usina foi objeto de audiência pública terça-feira e está muito próxima de conseguir a licença prévia necessária para participar do leilão.
Até agora, apenas duas hidrelétricas conseguiram a licença prévia, Estreito Parnaíba, de 56 MW, e Cachoeira, de 63 MW, as duas no rio Parnaíba, e já têm participação garantida no A-5. O prazo limite para obtenção da licença prévia é 1º de dezembro, segundo Miranda.
O diretor destacou que as hidrelétricas são prioridade do governo. "[O governo] Está fazendo tudo para que sejam cumpridos os compromissos com o Ministério do Meio Ambiente e para que as hidrelétricas consigam as licenças dentro do prazo", afirmou. Miranda ressaltou que a licença precisa ser obtida sem que seja necessário alterar o projeto.
O baixo número de usinas hidrelétricas aprovadas para o A-5 até agora não preocupa Miranda. De acordo com o diretor, o Brasil dispõe de uma grande diversidade de fontes de energia. "A oferta [para o A-5] de eólica foi muito grande", exemplificou Miranda. A oferta de energia eólica para o leilão atingiu um total de 7.486 megawatts (MW), acima dos 2.100 MW ofertados pelas novas concessões de hidrelétricas.
Miranda avalia que há espaço para a redução dos preços negociados pela energia no A-5. O investimento em novas tecnologias, a vinda de fábricas para o país e o aumento da concorrência são os principais motivos levantados pelo executivo.
"É claro que haverá um limite. Mas acreditamos que haverá redução de custos", ponderou. (Valor Econômico)
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