ONS: País precisa de R$ 180 mi para energia até 2014
O diretor-geral ONS Hermes Chipp, previu gastos de R$ 180 milhões até 2014 como forma de reforçar as redes de transmissão e distribuição para a Copa do Mundo no Brasil. Chipp definiu o sistema elétrico brasileiro como "bem servido", pois foram investidos R$ 36 bilhões de 1999 a 2010, mais a previsão de R$ 10 bilhões até 2015. Além do reforço dos sistemas de transmissão e distribuição, a rede elétrica do País, para funcionar sem problemas durante o Mundial, precisa de programas de manutenção maiores e mais ágeis, acrescentou o executivo. De acordo com o presidente do ONS, a preocupação maior é com as regiões localizadas nos arredores dos estádios e com as cidades que estarão sediando jogos. Os estádios, assegurou Chipp, não terão problemas de energia. O diretor do ONS disse que, nesta quinta-feira (04/8), haverá uma reunião para debater os resultados dos estudos realizados no setor de energia para a Copa de 2014.
EPE diz que duas usinas no PA são prioridade para 2012
O governo federal planeja colocar em leilão até o fim de 2012 as usinas de São Luiz de Tapajós e Jatobá, duas das cinco que integram o complexo hidrelétrico do Rio Tapajós (PA). Serão as primeira usinas no novo modelo de plataformas, idealizadas para funcionar em áreas preservadas ambientalmente. Ao todo, o complexo terá capacidade para gerar 10,6 mil megawatts. "A prioridade para 2012 são as usinas de São Luiz de Tapajós e Jatobá. A ideia é botá-las em leilão até o final do ano que vem", anunciou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. De acordo com o executivo, os projetos das duas usinas ainda estão em processo de estudos pela Eletrobrás. Estudos concluídos, seguirão para a análise do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)."Temos que ter autorização para entrar nas áreas, que são de preservação ambiental", afirmou Tolmasquim, que falou que a bacia do Rio Parnaíba (PI) não terá mais cinco hidrelétricas como inicialmente projetado. Agora serão três (Estreito Parnaíba, Castelhano e Cachoeira), porque as outras duas (Ribeiro Gonçalves e Urucuí) tiveram os licenciamentos ambientais vetados pelo Ibama.
Brasil será potência energética e ambiental, prevê EPE
O presidente da EPE Maurício Tolmasquim, estimou que o Brasil se tornará uma potência energética e ambiental no decorrer deste século, por causa das diferentes fontes de geração de energia limpa e dos potenciais armazenados em cada uma delas. "Minha tese pode parecer ufanista, mas tem bases reais. O Brasil tem uma situação diferenciada em relação a dois aspectos fundamentais: a questão da segurança energética e a questão ambiental. O setor elétrico tem potencial em todas as fontes de geração e encontrou um modelo que permite que essa expansão ocorra", disse ele, na abertura do segundo dia do seminário Energy Summit 2011, no Rio. Tolmasquim acrescentou que considera possível preservar o ecossistema da Amazônia e aproveitar o potencial hidrelétrico da região. Segundo ele, as hidrelétricas a serem construídas no Norte brasileiro podem representar "ajuda à preservação da Amazônia". O "desafio", segundo ele, que citou o projeto de usinas-plataformas, é conciliar os novos empreendimentos com a manutenção das características ambientais das regiões afetadas. Além disso, acrescentou, a ação hidrelétrica na Região Norte "pode ser um vetor de desenvolvimento regional" em áreas já ocupadas pelo homem. "Só usamos um terço do nosso potencial hidrelétrico. Cerca de 60% dos outros dois terços estão na Região Norte. Não acredito que aproveitaremos todo esse potencial. Uma parte não será aproveitada", concluiu Tolmasquim.
CPFL Renováveis investe em térmica de biomassa no PR
A CPFL Energias Renováveis, uma associação entre a CPFL Energia e a Ersa, firmou um novo contrato para a construção de uma termelétrica movida a bagaço de cana-de-açúcar, informa a companhia em comunicado. A empresa constitui uma parceria com a Cooperativa Agrícola Regional de Produtores de Cana para a implantação da UTE Coopcana, em São Carlos do Ivaí (PR). Segundo o comunicado, a nova térmica terá uma capacidade instalada de 50 MW, sendo que o volume excedente de energia é de 18 MW médios, que será vendido pela CPFL Renováveis. O investimento previsto é de R$ 155 milhões. Esse é o segundo anúncio recente da empresa no segmento de usinas a biomassa. Na semana passada, a companhia fechou um acordo com a usina de açúcar e álcool Alvorada para a construção da térmica Alvorada (MG), de 50 MW e investimento de R$ 156 milhões. A térmica Coopcana está prevista para entrar em operação comercial no primeiro trimestre de 2013. Com esse projeto, a CPFL Renováveis alcança um portfólio de sete usinas de biomassa, sendo que uma térmica está em operação (usina Baldin) e outras cinco estão em fase de construção. Os sete empreendimentos totalizam uma capacidade instalada de 330 MW. (Agência Estado)
Leia também:
* Mercado livre de energia atrai mais participantes* Meta de energia renovável cria racha entre o governo e a Aneel
* Hidrelétrica do século XXI é usina de desenvolvimento sustentável, diz EPE
* Fontes alternativas geram somente 60% do previsto em 2010; assunto será discutido no CNPE
* Pedido de vista suspende julgamento sobre ICMS no comércio de energia elétrica no mercado livre
Leia também:
* Mercado livre de energia atrai mais participantes* Meta de energia renovável cria racha entre o governo e a Aneel
* Hidrelétrica do século XXI é usina de desenvolvimento sustentável, diz EPE
* Fontes alternativas geram somente 60% do previsto em 2010; assunto será discutido no CNPE
* Pedido de vista suspende julgamento sobre ICMS no comércio de energia elétrica no mercado livre