Inscrições para VI Citenel e II SEENEL terminam nesta quarta (10/08)
As inscrições antecipadas para participação no VI Congresso de Inovação Tecnológica em Energia Elétrica (CITENEL) e no II Seminário de Eficiência Energética no Setor Elétrico (SEENEL) encerram-se nesta quarta-feira (10/08). Os eventos, coordenados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), acontecem nos próximos dias 17 a 19 de agosto, em Fortaleza (CE), sob a organização da Companhia Energética do Ceará (COELCE). No primeiro dia do evento, os interessados poderão formalizar sua inscrição na secretaria. Especialistas e pesquisadores do setor estarão reunidos para discutir iniciativas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e de eficiência energética (EE), além de participar de painéis com apresentação de resultados de projetos desenvolvidos pelas empresas do setor elétrico, palestras técnicas e rodadas de negócio. Mais informações podem ser obtidas aqui.
Cesp prevê redução máxima de R$6, em média, nas tarifas
Uma das concessionárias que aguarda com mais ansiedade a definição sobre o fim das concessões do setor elétrico é a estatal paulista Cesp, que tem quase 70% de sua receita financeira ligada a contratos que expiram a partir de 2015. E, em meio às discussões sobre o caso, a empresa contabiliza que, numa situação extrema e hipotética de renovação com energia sendo comercializada a custo zero, o impacto nas tarifas seria de redução de R$6 por cliente de consumo na média do país. "Com uma renovação de graça, sem ninguém pagar nada, a conta ficaria R$6 mais barata. É uma coisa fora de cogitação, mas se formos imaginar uma decisão que não pague nem o investimento e venda a energia a custo zero, seria esse o impacto, o que mostra que isso não é o que vai resolver o preço das tarifas", disse o presidente da Cesp, Mauro Arce. Enquanto uma nova licitação vai perdendo força nas discussões sobre o tema - o próprio Arce lembrou que seria bastante complicado a realização de leilões para 22 mil MW e mais linhas de transmissão de uma só vez -, o governo já fala numa renovação em que os geradores se tornariam apenas empresas contratadas para operação e manutenção dos parques, dependendo, em cada caso, do ônus para investimentos ainda não amortizados.
Concorrência de gás com eólicas gera críticas da Petrobras ao leilão de energia
A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, adotou um tom crítico ao falar sobre os leilões de energia que o governo marcou para 17 e 18 de agosto. No primeiro deles, o A-3, concorrerão projetos eólicos, a biomassa, térmicas a gás e hidrelétricas. No de reserva, o embate será entre a biomassa e a energia gerada através dos ventos. Justamente esse modelo, em que as diferentes fontes competem juntas, foi o alvo da executiva. A diretora da Petrobras foi bastante enfática ao dizer que "a briga está violenta", principalmente contra os parques eólicos. "Eu fico preocupada, fico angustiada, receosa de perder o leilão. Temos eólicas entrando, já pensou competindo isso? São lógicas comerciais completamente diferentes. A lógica de remuneração entre uma empresa excelente em geração eólica e outra excelente em óleo e gás. As remunerações do capital são completamente diferentes", analisou Foster. Além disso, o modelo do leilão também foi atacado por Foster pelo ponto de vista do planejamento do setor. "Tudo é pela modicidade (tarifária), ok, concordo, é importante. Mas a questão de fundo é: você está construindo uma matriz do jeito que você quer quando mistura várias fontes? Como especialista, digo que não estamos". A executiva ainda continuou com o fogo contra os certames conjuntos e o confronto entre todas as fontes ao mesmo tempo. "As térmicas precisam entrar, as eólicas também, mas o planejamento não é assim. É bom para o consumidor, mas ambas as usinas precisam sair. A construção dessa matriz vem de outra forma, não nesses leilões com todo mundo no ringue. Estou preocupada, não estou sorridente".
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Cesp prevê redução máxima de R$6, em média, nas tarifas
Uma das concessionárias que aguarda com mais ansiedade a definição sobre o fim das concessões do setor elétrico é a estatal paulista Cesp, que tem quase 70% de sua receita financeira ligada a contratos que expiram a partir de 2015. E, em meio às discussões sobre o caso, a empresa contabiliza que, numa situação extrema e hipotética de renovação com energia sendo comercializada a custo zero, o impacto nas tarifas seria de redução de R$6 por cliente de consumo na média do país. "Com uma renovação de graça, sem ninguém pagar nada, a conta ficaria R$6 mais barata. É uma coisa fora de cogitação, mas se formos imaginar uma decisão que não pague nem o investimento e venda a energia a custo zero, seria esse o impacto, o que mostra que isso não é o que vai resolver o preço das tarifas", disse o presidente da Cesp, Mauro Arce. Enquanto uma nova licitação vai perdendo força nas discussões sobre o tema - o próprio Arce lembrou que seria bastante complicado a realização de leilões para 22 mil MW e mais linhas de transmissão de uma só vez -, o governo já fala numa renovação em que os geradores se tornariam apenas empresas contratadas para operação e manutenção dos parques, dependendo, em cada caso, do ônus para investimentos ainda não amortizados.
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A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, adotou um tom crítico ao falar sobre os leilões de energia que o governo marcou para 17 e 18 de agosto. No primeiro deles, o A-3, concorrerão projetos eólicos, a biomassa, térmicas a gás e hidrelétricas. No de reserva, o embate será entre a biomassa e a energia gerada através dos ventos. Justamente esse modelo, em que as diferentes fontes competem juntas, foi o alvo da executiva. A diretora da Petrobras foi bastante enfática ao dizer que "a briga está violenta", principalmente contra os parques eólicos. "Eu fico preocupada, fico angustiada, receosa de perder o leilão. Temos eólicas entrando, já pensou competindo isso? São lógicas comerciais completamente diferentes. A lógica de remuneração entre uma empresa excelente em geração eólica e outra excelente em óleo e gás. As remunerações do capital são completamente diferentes", analisou Foster. Além disso, o modelo do leilão também foi atacado por Foster pelo ponto de vista do planejamento do setor. "Tudo é pela modicidade (tarifária), ok, concordo, é importante. Mas a questão de fundo é: você está construindo uma matriz do jeito que você quer quando mistura várias fontes? Como especialista, digo que não estamos". A executiva ainda continuou com o fogo contra os certames conjuntos e o confronto entre todas as fontes ao mesmo tempo. "As térmicas precisam entrar, as eólicas também, mas o planejamento não é assim. É bom para o consumidor, mas ambas as usinas precisam sair. A construção dessa matriz vem de outra forma, não nesses leilões com todo mundo no ringue. Estou preocupada, não estou sorridente".
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