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Os leilões realizados pela Aneel no último dia 18 podem ser considerados positivos devido aos preços atrativos alcançados e à diversificação das fontes de energia. Foram dois leilões para a construção de novos empreendimentos: um para a contratação de energia para atender à demanda das distribuidoras a partir de 2014 e outro voltado à ampliação da energia de reserva do sistema.
Chama a atenção o baixo custo da energia vendida pelas usinas vencedoras. Na disputa para atender as distribuidoras, o preço da energia negociada pelas usinas térmicas movidas a gás natural atingiu a média de R$ 103,30 o MWh; o de biomassa, R$ 102,40; e o da eólica, R$ 99,60. O preço da energia hídrica foi de R$ 102. No leilão de reserva, as térmicas a bio-massa e a energia eólica alcançaram preços médios de R$ 100,40 e R$ 99,54 o MWh, respectivamente.
A competição entre as diversas fontes de energia é um dos fatores que explicam os baixos preços. Em que pesem as críticas quanto à falta de isonomia (por exemplo, a tributária), a concorrência amplia o leque de projetos e aumenta a competição, contribuindo para baixar as tarifas. Por fim, deve-se ressaltar o papel da estabilidade econômica e do marco legal do setor elétrico como fator de moderação do custo de geração de energia, que ajuda a reduzir os riscos dos empreendimentos, produzindo reflexos sobre a taxa de retorno exigida pelos empreendedores para a execução dos projetos. Autor: Walter de Vitto, mestre em economia pela FEA-USP, é analista da Tendências Consultoria. (Folha de S. Paulo)
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