terça-feira, 26 de abril de 2011

Pinga-Fogo Setor Elétrico: CPFL, Câmara e Senado

Nasce um gigante do setor de energias renováveis
Uma empresa recém-criada já pode ser considerada uma gigante do setor energético. Esse é o caso da CPFL Energias Renováveis, anunciada  depois de uma fusão entre a CPFL Energia e a Ersa Energias Renováveis, a partir da associação dos ativos das duas empresas em Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), parques eólicos e usinas termelétricas à biomassa. A nova companhia já nasce como uma das maiores da América Latina no segmento de geração de energia a partir de fontes renováveis, com 648 MW de potência instalada em operação (posição estimada em agosto de 2011, quando da conclusão da operação), 386 MW em construção e 3.341 MW de portfólio em preparação para construção ou desenvolvimento, totalizando 4.375 MW de potência.  Somado, o portfólio de projetos chega a 4,375 mil MW. Destes, a empresa implantará cerca de 50% até 2015. Esse plano de investimentos da nova empresa prevê o aporte de R$ 9 bilhões nesse período. O objetivo da empresa, segundo o presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Júnior, é de se tornar um agente consolidador do setor elétrico no que se refere a energia renovável. Mas por enquanto o crescimento da nova empresa será orgânico. O plano prevê que em agosto a companhia esteja com 648 MW instalados em sete estados.


Brasil precisa de leis para desenvolvimento da energia limpa

O Brasil precisa de um conjunto de leis que ajudem a desenvolver a geração de energia menos poluente, como a gerada por vento, sol ou lixo, por exemplo. A avaliação é do presidente da Câmara, deputado Marco Maia, do PT/RS.
"O Brasil precisa e deve avançar na construção de instrumentos que viabilizem a produção de energia limpa, para proteger o meio ambiente, para garantir que haja mais energia à disposição do cidadão, dos investidores, dos nossos empresários." O presidente da Câmara disse já estar trabalhando para que o setor tenha como crescer no país. "Estou fazendo alguns contatos com nossas empresas de energia aqui no Brasil. Já encaminhei à assessoria que olhe os projetos que nós temos tramitando na Casa e que dão conta da conformação deste marco regulatório para energia limpa, para que a gente possa avançar dar as condições para que outros projetos nesta área possam ser implementados no nosso Brasil."

Belo Monte é essencial ao crescimento econômico do Brasil
o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) ressaltou a importância da construção da usina de Belo Monte para o desenvolvimento do País. Segundo ele, os mais de 11 mil megawatts de potência instalada, com 4.500 megawatts médios de energia assegurada, serão adicionados à capacidade energética nacional para sustentar taxas de crescimento econômico, geração de emprego e renda compatíveis com as aspirações do governo e da sociedade.
- Belo monte produzirá energia suficiente para 26 milhões de brasileiros, com perfil de consumo similar à região metropolitana de São Paulo. O Brasil precisa da energia de Belo Monte. A demanda por energia elétrica cresce na esteira do aumento da atividade econômica e do consumo doméstico. O consumo total brasileiro aumentou em cerca de 8% em 2010, tendo por base o ano de 2009 - avaliou Dornelles, citando dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A previsão de consumo é do Plano Decenal de Expansão de Energia, que prevê que Belo Monte gerará 40 terawatts/hora (1 terawatt corresponde a 1 milhão de megawatts). Segundo Dornelles, o preço a ser pago pela energia de Belo Monte, de R$ 77,95 por megawatt, é baixo comparado ao das alternativas, como uma central elétrica de pequeno porte, um gerador eólico ou uma usina de biomassa.

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