segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Pinga-Fogo Setor Elétrico: Eletrobras, Vale e PCHs

Executivo, ex-Cemig, assume presidência da Eletrobras nesta segunda-feira
O ex-presudente da Cemig  José da Costa Carvalho Neto assume hoje (28/2) o cargo de presidente da Eletrobras. A cermiônia de posse será realizada às 16 horas na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro e contará com a presença do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Costa entra no lugar de José Antônio Muniz Lopes, cotado para presidir a Eletronorte. José da Costa é mestre em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais e ocupou cargos de diretoria em diversas empresas do setor elétrico, tendo, entre 1998 e 1999, presidido a Cemig.
Na última  sexta-feira (25/2), 
 futuro presidente da estatal foi eleito como membro do Conselho de Administração da Eletrobras. Ele entra no lugar que pertencia à ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, afastada devido a polêmicas e denúncias da imprensa sobre envolvimento em casos de lobby no Planalto.

A Vale vai analisar sua participação no consórcio Norte Energia
"Temos interesse desde que haja atratividade tecnico-econômica", disse o diretor de Implementação de Projetos, Eduardo Ledsham. A empresa poderá entrar no consórcio que construirá Belo Monte com a saída da Gaia Energia, do grupo Bertin. Segundo o executivo, a companhia está fazendo uma "avaliação técnico-econômica" do negócio e deve levar mais duas semanas para concluir a análise técnica e tomar uma decisão. A hidrelétrica será a terceira maior do mundo com capacidade de 11.230 megawatts (MW).

Participação das PCHs na matriz energética subiu de 1,22% para 3,05% em sete anos.
Nos últimos sete anos, a capacidade instalada das usinas de pequeno porte do país cresceu quase três vezes. De acordo com a Aneel, em 2003 a potência das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) totalizava 1.151 megawatts (MW) e, em 2010, esse número passou para 3.428,31 MW. A participação das PCHs na matriz energética aumentou de 1,22% para 3,05% no mesmo período e o número de usinas subiu de 241 para 387 empreendimentos. Em 2010, entraram em operação 32 pequenas centrais, com potência total de 470,67 MW.

O estado de Minas Gerais é que tem o maior número de PCHs, com 100 empreendimentos, seguido de Mato Grosso, com 49, e São Paulo e Santa Catarina, com 45 cada. O Rio Grande do Sul tem 35 usinas e o Paraná, 31. As pequenas centrais hidrelétricas têm potência entre 1 MW e 30 MW e área total de reservatório de até 3 quilômetros quadros (km²). Os empreendimentos precisam de autorização da Aneel, mas o procedimento para implantação das PCHs é mais simples que o das hidrelétricas maiores. Os empreendedores também têm benefícios do governo, como a autorização sem ônus para exploração do potencial hidráulico e descontos de no mínimo 50% nos encargos de uso dos sistemas de transmissão e distribuição.

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