Copel entra no mercado de internet banda extra larga
A Copel anunciou que vai entrar no mercado de banda larga na internet. A velocidade de transmissão oferecida pela empresa será de 100 mbps (megabytes por segundo). Nesse nível, a transmissão de dados (voz, vídeo e textos) ocorre sem interrupções. O serviço já é ofertado no Brasil por companhias telefônicas e TV a cabo. A empresa de energia tem planos de tornar o Paraná o primeiro Estado a ter cobertura 100% digital de internet em todos os municípios. Para isso ocorrer, a direção da estatal vai contar com uma infraestrutura própria de 17 mil quilômetros de cabo de fibra ótica.
A rede é usada para serviços de telecomunicações das unidades da Copel em 240 dos 399 municípios do Estado e será aproveitada no novo serviço de banda larga. A meta é interligar todas as cidades por fibra ótica até o final de 2012 e proporcionar conexão pela internet ultrarrápida até o fim de 2014. Inicialmente, o serviço de banda extra larga, batizado de BEL-100, será fornecido a clientes empresariais e instalado nas repartições públicas do governo estadual. Os valores das taxas pagas pelos clientes não foram divulgados. A previsão é de que o serviço seja estendido para clientes residenciais a partir de 2012. A forma de cobrança será feita mediante o nível de consumo de dados do cliente, como ocorre com faturamento da energia, por exemplo. O presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, disse que serão investidos R$ 100 milhões no projeto para interligar escolas, órgãos públicos e clientes empresariais. O serviço começará por Curitiba, a partir de amanhã, com a interligação de um prédio de 120 salas.
Hidrelétricas gera receita de R$ 1,889 bilhão
A produção de energia por usinas hidrelétricas gera a municípios, estados e União direito à Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos e ao recebimento de royalties pela geração da Usina Itaipu Binacional. Em 2010, foram arrecadados R$ 1,889 bilhão pela geração de 168 usinas hidrelétricas. O montante foi 5% superior ao recolhido em 2009, que foi de R$ 1,799 bilhão. No total, 663 municípios de 21 estados e o Distrito Federal receberam R$ 1,21 bilhão a título de compensação financeira, enquanto a transferência de royalties no valor de R$ 337,47 milhões chegou a 341 municípios de cinco estados e do Distrito Federal. O total recebido (compensação e royalties) foi R$ 1,515 bilhão.
A soma de CFURH e royalties destinados à União foi de R$ 340,5 milhões, dos quais R$ 37,5 milhões a título de royalties e R$ 303 milhões por compensação financeira. Os recursos são distribuídos à Agência Nacional de Águas (ANA), ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e aos ministérios do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Amazônia Legal (MMA) e de Minas e Energia (MME). O dinheiro pode ser aplicado em programas de saúde, educação e segurança, mas não para abater dívidas, a não ser que o credor seja a União, nem para o pagamento de pessoal. A arrecadação e a distribuição da compensação e dos royalties cabem à Aneel. O resultado pode ser acompanhado pela publicação de relatórios na página da agência.
“O futuro da energia no retrovisor”
Em artigo publicado, Marcelo Furtado, diretor-executivo do Greenpeace no Brasil, fala sobre a necessidade de energia para manter o crescimento, porém critica Belo Monte, ineficiente para manter tal crescimento: “Belo Monte terá geração extremamente variável ao longo do ano e vai apenas repetir esse padrão, que contribui para o deficit de energia nos meses secos, remediado com o acionamento de termelétricas movidas a combustíveis fósseis. O Brasil tem tudo para ser a nação com a matriz elétrica mais limpa do planeta. Belo Monte é sinal de que o governo não busca o futuro. Quer apenas perpetuar o passado, lavando as mão em relação à nossa geração e às que estão por vir.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui.