terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Estados Unidos prospectam negócios em energia no Brasil

Uma delegação do governo americano, liderada pelo secretário adjunto de Estado para Assuntos Econômicos, Energéticos e Comerciais, José Fernandez, esteve no Brasil na última semana para prospectar oportunidades comerciais e de investimentos, principalmente na área de infraestrutura. De acordo com Fernandez, os projetos do setor energético estão no foco do país.

“Inegavelmente, o Brasil agora pertence ao grupo dos maiores players mundiais na área de energia, não apenas porque o País será brevemente o maior produtor de petróleo da América do Sul, mas porque a Petrobras é uma influente companhia global”, destacou o secretário, em referência ao terreno favorável a empreendimentos e transações na cadeia do pré-sal e ao que ainda pode ser desenvolvido na camada pós-sal.

Os EUA também têm condições de se tornar um grande fornecedor para o Brasil de tecnologias e serviços relacionados à área de energia nuclear. O secretário afirmou que diversos estudos apontam que as novas instalações desse segmento no País estão avaliadas em US$ 25 bilhões, sendo que as empresas americanas ocupam apenas um décimo desse mercado.

Fernandez lembrou ainda as possibilidades geradas pelos eventos esportivos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, que serão sediados no País. “A prospecção comercial tem foco em serviços de arquiterura e engenharia, telecomunicações, financeiros, jurídicos e de segurança pública, entre outros.”

“O fluxo bilateral de negócios e investimentos apresenta imenso potencial para crescer; entretanto, esse potencial somente se tornará realidade se agirmos. Por esse motivo, trabalhamos para buscar novas e mútuas oportunidades”, enfatizou Fernandez, que participou nesta sexta-feira (11/02), na Amcham-São Paulo, do seminário “Discussão sobre Infraestrutura e Energia no Brasil”, promovido em parceria com a seção brasileira do Brazil-US Business Council.

José Fernandez afirmou que conversou com autoridades do governo brasileiro sobre a necessidade de futuros acordos para facilitar o ambiente de negócios bilaterais. Um deles, o BIT (sigla em inglês para tratado bilateral de investimentos), na visão do secretário, se trata de uma ferramenta adicional de proteção aos investidores de ambos os países.

O outro mecanismo é o Bilateral Tax Treaty (BTT), tratado para eliminar a bitributação que hoje penaliza empresas americanas no Brasil e brasileiras nos EUA. “Esperamos que o projeto para a troca de informações tributárias, já aprovado na Câmara, passe no Senado brasileiro. Este é um passo importante para que os países cheguem ao BTT”, pontuou. (Jornal da Energia)