A Duke Energy informou nesta segunda-feira ter chegado a um acordo para comprar a Progress Energy por 13,7 bilhões de dólares em ações, criando a maior empresa de energia dos Estados Unidos. A oferta da Duke significa um prêmio de 6,4 por cento sobre a cotação das ações nos últimos 20 dias de negociações, disse a companhia, que prevê impacto em seus ganhos no primeiro ano após a operação.
A transação pode criar um gigante da indústria com aproximadamente 7,1 milhões de clientes em sete estados norte-americanos, e 57 mil megawatts (MW) de capacidade de geração. Atualmente, a Duke é a terceira maior empresa de energia elétrica dos Estados Unidos e pode se tornar a maior tanto em valor de mercado quanto em capacidade de geração se o negócio for concretizado.
No Brasil, a Duke Energy opera e administra oito usinas instaladas ao longo do rio Paranapanema, que totalizam 2.237 megawatts (MW) de capacidade instalada e representam cerca de 3 por cento da energia produzida no país.
A compra, entretanto, pode ser barrada por reguladores, que bloquearam ou criaram entraves em outras operações nos últimos anos. Segundo a Duke, os acionistas da Progress Energy irão receber 2.6125 ações ordinárias da Duke Energy para cada papel, ou 46,48 dólares por ação, o que significa um prêmio de 4 por cento ante o preço de fechamento na bolsa de Nova York.
A companhia afirmou ainda que vai assumir uma dívida de 12,2 bilhões de dólares da Progress Energy. O presidente do conselho e presidente-executivo da Duke, Jim Rogers, deve se tornar presidente do conselho da nova companhia, enquanto o atual presidente do conselho e presidente da Progress, Bill Johnson, deve ser o presidente-executivo após a fusão. (Agência Estado)
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