sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Cadeia de suprimentos e transmissão ainda são gargalos para empreendedores

A cadeia de suprimentos do setor e as linhas de transmissão são os maiores desafios para o setor eólico brasileiro. De acordo com o presidente da empresa, Mathias Becker, a indústria eólica deve ser monitorada pelos vários agentes do setor para que seja possível o seu desenvolvimento. Segundo o executivo, o volume de nacionalização imposto para a cadeia eólica atingiu uma velocidade que rivaliza apenas com a da cadeia de petróleo. "Isso impõe desafios para a entrega", frisa.

Ele acredita que a cadeia eólica vai conseguir vencer os desafios existentes, mas sugere que investidores, indústria e governo façam um monitoramento constante para ter certeza do cumprimento das metas estipuladas. Os atrasos na transmissão, que deixaram o parque Alto Sertão I, da Renova, como uma espécie de símbolo desse entrave, ainda são motivo de tensão no setor. Para ele, esse problema ainda não foi completamente sanado, embora o governo venha sinalizando com medidas para resolver esse problema.

Ele conta que pode ainda haver no médio prazo investidores com obrigação de entregar parques eólicos que não consigam cumprir, por conta da falta de conexão. Ajustar o descasamento de prazos entre leilões de LTs, prazos de entrega de linhas e o início de operação dos parques é o desafio. "É importante que os leilões saiam rápido se não vai haver uma restrição de oferta de energia nos leilões", comenta. (Agência Canal Energia)
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